Após ver a possibilidade da redução de seu salário ser barrada no Legislativo, o prefeito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB), afirmou que enviou a proposta para a Procuradoria-Geral do Município para avaliação. Em evento realizado no Centro de Atenção Popular de Rua (Centro POP), nesta quinta-feira (1º), o tucano afirmou que “São Bernardo não vai ter o prefeito com o maior salário do Brasil”.
Ao ser questionado sobre o assunto, Morando relembrou o histórico da ação quando enviou um ofício ao Legislativo para que fosse criado o projeto para reduzir o seu salário. “Recebi um ofício do presidente da Câmara (Pery Cartola, PSDB) que disse que não era possível fazer o projeto, pois pode prejudicar os vencimentos de outros funcionários do município, inclusive a própria Câmara”, explicou.
Com a situação, o chefe do Executivo são-bernardense resolveu enviar um ofício para a Procuradoria-Geral do Município para saber sobre a possibilidade de realizar a redução através de um projeto no Legislativo – inclusive a proposta já foi protocolada. “Este salário foi aumentado pelo meu antecessor (Luiz Marinho, PT) em quase R$ 5 mil. Agora queremos acertar essa situação. O que eu posso dizer é que São Bernardo não vai ter o prefeito com o maior salário do Brasil”, disse o tucano.
Indagado sobre a possibilidade de doação do salário, como nos bastidores foi idealizado pelos membros da base aliada, Morando apenas afirmou que aguarda a resposta da Procuradoria.
Atualmente o salário do prefeito de São Bernardo é de R$ 30,6 mil. Em levantamento realizado pelo RD, Morando atualmente ganha mais que 25 dos 26 prefeitos de capitais. Fica atrás apenas do chefe do Executivo de Belo Horizonte (MG), Alexandre Kalil (PHS), que ganha um salário acima dos R$ 31 mil. A proposta do Legislativo é de reduzir os vencimentos do tucano para R$ 25,6 mil. Além disso, o valor seria retroagido para janeiro de 2017.