Em busca de garantir a maioria no Legislativo, o prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), tem conversado com os membros do PPS diademense e com o presidente estaual do partido e deputado federal, Alex Manente (PPS/SP). Questionado sobre esse assunto nesta quinta-feira (25), o verde desconversou e garantiu que não vê problemas em governar com a minoria na Câmara.
A aproximação de Michels e Manente nas últimas semanas aumenta a expectativa para que os populares-socialistas voltem a desembarcar no governo do verde. Nos bastidores, a intenção é de que o fato ocorra nos próximos dias, mas o prefeito diademense desconversou sobre o assunto. “Eu conversei (com Manente), gosto de conversar, sou bom nisso. Apenas isso que aconteceu”, disse.
Lauro Michels aguarda que a decisão aconteça através dos vereadores do PPS, Companheiro Sérgio, Aldair Leonel e Boquinha. Caso aconteça a mudança dos três parlamentares do G12 – grupo de oposição, para a base aliada, o governo passará a ter 12 legisladores em sua base. Com isso, garantir a maioria para aprovação de uma série de projetos, como a reforma administrativa e o próprio pedido de saída do Consórcio Intermunicipal Grande ABC.
Além das mudanças na Câmara, também aconteceria uma substituição no primeiro escalão com a volta de José Carlos Gonçalves, presidente municipal do PPS, ao posto de secretário de Transportes. Outro ex-secretário, Paulinho Correria (PEN), que gerenciou a Pasta de Cultura durante o primeiro mandato do verde, voltaria ao Executivo, mas em cargo de segundo escalão.
Indagado sobre o fato de governar com a minoria, Lauro Michels afirmou que não vê problema, pois passou boa parte dos primeiros quatro anos à frente do município com pouco apoio entre os vereadores. Mesmo com esta situação, o verde não teve grandes problemas com a aprovação dos projetos, algo que é creditado ao trabalho feito por Zé Dourado (PSDB), que foi líder de governo e presidente da Câmara.
Histórico
A saída do PPS do governo diademense aconteceu após o rompimento do grupo denominado ‘bancada do Água Santa’ formada por cinco legisladores (PPS/DEM). Este grupo pedia maior participação no primeiro escalão, inclusive a possibilidade de indicar o próximo secretário de Saúde, algo que não foi aceito por Lauro Michels.
Uma reconciliação chegou a ser acertada para eleger Marcos Michels (PSB) como novo presidente da Câmara, mas em janeiro a bancada acabou migrando definitivamente para a base de oposição formada por PT, PRB e PR, assim dificultando a vida do prefeito no Legislativo.