O pedido de saída de Diadema do Consórcio Intermunicipal Grande ABC continua sendo alvo de polêmica entre os políticos do município. Em entrevista ao RDtv, nesta terça-feira (16), o ex-candidato ao Paço diademense e atual secretário de Obras de Ribeirão Pires, Taka Yamauchi (PSD), considera que a justificativa do prefeito Lauro Michels (PV) para deixar a entidade regional é uma “desculpa esfarrapada”.
“Eu vejo (as justificativas de Michels) como uma desculpa esfarrapada, com certeza, assim como a maioria das decisões do governo dele. É mais uma briga pessoal, talvez com (o prefeito de São Bernardo e presidente do Consórcio) Orlando Morando (PSDB). E que mais sofre com isso é a população. É um capricho”, disse o empresário.
O chefe do Executivo diademense considera que a saída do Consórcio pode permitir que o município pague sua dívida com a entidade que está na casa de R$ 8,2 milhões, sem que a mesma aumente, pois Diadema continua não pagando os repasses mensais que giram em R$ 200 mil. Para Michels, a mesma verba mensal poderia ser usada para reformar neste ano seis centros culturais, algo que Taka considera que não foi feito, nem mesmo em outras áreas.
Quarto colocado nas eleições municipais de 2016, Yamauchi afirmou que Lauro Michels não é uma pessoa que mantém parcerias, e considera que este perfil acaba prejudicando parcerias com os demais municípios da região e também com os governos Federal e Estadual. Sobre o fato do verde afirmar que Diadema não foi agraciada por investimentos oriundos do Consórcio Intermunicipal, o presidente do PSD diademense lembra que o atual gestor da cidade usou em sua campanha a Rede de Reabilitação Lucy Montoro. “O Lucy Montoro veio a partir do Consórcio, ele tem que lembrar disso”.
Mudança de partido
Colocado como um dos nomes ventilados para liderar o PSDB em Diadema, Taka Yamauchi negou qualquer conversa para trocar de legenda. “Sou do PSD, estou no PSD e vou ficar no PSD. Estamos fortalecendo o partido para a campanha de 2020. Vou continuar e vamos nos preparar para as eleições”, explicou.
Yamauchi teve o nome sondado para liderar o tucanato no município, entrando como um “novo nome” substituindo nomes como ex-vereador Zé Dourado e o ex-prefeito José Augusto da Silva Ramos, o Zé Augusto, que lideram o partido nos últimos anos. Em 2016, o partido acabou perdendo as duas cadeiras que tinha na Câmara, além de não conseguir emplacar nenhum nome para a disputa majoritária.
Questionado sobre uma futura aliança com o PSDB, Taka afirmou que não descarta está aliança, mas que isso não seria uma forma de migrar para o tucanato como alguns nomes da legenda defendem internamente.
Neutro
Questionado por internautas sobre o fato de não ter se posicionado no segundo turno das eleições de 2016 entre as candidaturas de Lauro Michels e Vaguinho do Conselho (PRB), Taka Yamauchi afirmou que não se arrepende desta decisão. “Não queria apoiar quem estava no governo e não considero que o outro candidato estava preparado, então não dava para apoiar ninguém”, explicou.
Ribeirão Pires
Sobre a Secretaria de Obras de Ribeirão Pires, Taka afirmou que a cidade conseguiu a mudança para que o investimento na construção do teleférico se transforme em verba para a criação de um boulevard gastronômico. Ainda esperam a oficialização da situação junto ao Governo do Estado.