A doação de uma área de 3.500 m², no bairro Paraíso, em Santo André, ao Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) gerou dúvidas aos vereadores na sessão da Câmara, nesta quinta-feira (4). O projeto de lei do Executivo entrou na pauta e deve voltar à ordem do dia na próxima semana. Segundo o líder de governo na Câmara, Pedro Botaro (PSDB), o Legislativo vai convidar representante do Sebrae para detalhar quais ações e projetos a entidade deve realizar na cidade. “É positivo para o município, pois vai oferecer cursos gratuitos e estimular o empreendedorismo. Porém, os vereadores querem entender melhor o projeto”, diz.
O vereador Eduardo Leite (PT) afirma que há consenso entre os parlamentares sobre os benefícios que o projeto trará ao município, no entanto é necessário saber quantos empregos serão gerados e qual será o investimento. “Achamos que é positivo, mas precisamos entender para verificar a necessidade de apresentação de emendas”, avalia. No texto, a área será cedida para instalação de nova sede regional do Sebrae, instalado na cidade desde 1993, desde que sejam cumpridos prazos de 12 meses para apresentação do projeto, seis meses para início e 36 meses para conclusão das obras. Caso não haja cumprimento, a doação será revogada.
Carnaval
O presidente da União das Escolas de Samba de Santo André (UESA), João Turibio Ribeiro Neto, usou a tribuna livre para reclamar da falta de diálogo entre o Executivo andreense e a entidade, quanto aos preparativos do Carnaval de 2018.Ribeiro Neto afirma que antes da eleição municipal do ano passado, o prefeito Paulo Serra (PSDB) não se colocou contra a realização dos festejos no município. Houve encontros no início deste ano para tratar do assunto, mas desde março, a entidade alega não conseguir agenda com o tucano. Outra questão levantada por Ribeiro Neto é a liberação de R$ 385 mil, repassados para entidade pelo ex-prefeito, Carlos Grana (PT). “A verba está na conta da UESA, mas só pode ser liberada por decreto do prefeito. Está bloqueada”, explica.
Uma publicação de prestação de contas da Prefeitura também causou mal-estar na sessão. No jornal, que está sendo distribuído em equipamentos municipais, há uma referência a “cortes de gastos com bobagens e o cancelamento do Carnaval neste ano”.
A subvenção repassada pela Prefeitura é de R$ 700 mil, além de ceder a infraestrutura para os desfiles. “Esse valor é liberado sempre em duas parcelas, uma em janeiro e outra até novembro, mas até agora não conseguimos encontro com o prefeito e não sabemos o que pode ocorrer no ano que vem”, diz.
O vereador petista rotula o conteúdo do jornal como infelicidade por parte de quem o produziu e que se havia ausência de recurso, a Prefeitura deveria buscar alternativas. “Patrocínio poderia ser saída. Simplesmente cancelar, não foi a decisão mais correta e não retomar é pior ainda”, diz Leite. Porém, Botaro afirma que a reunião entre UESA e o Executivo será agendada, mas não há data para ocorrer. “Não há falta de diálogo e não há negativa para o Carnaval de 2018. Quanto à publicação, é uma critica inócua, pois a Prefeitura sempre usou verba para publicidade, além de fazer parte das ações de prestações de contas com os munícipes”, afirma.