Setores importantes da região ligados ao transporte público, educação, bancário e metalúrgico anunciaram adesão à greve geral desta sexta-feira (28), convocada por centrais sindicais e movimentos sociais contra as reformas da Previdência e Trabalhista, que tramitam na Câmara dos deputados.
O Estado de São Paulo obteve na Justiça, na tarde da quarta-feira (26), liminar que garante o direito de locomoção dos cidadãos e determina que os sindicatos se abstenham de promover a greve total ou parcial dos serviços públicos de transporte metroviário e ferroviário. O descumprimento da decisão acarretará em multa no valor de R$ 937 mil a cada sindicato.
A Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU), informou, por meio de nota, que “o Centro de Controle Operacional vai monitorar e informar as empresas que conseguirem colocar carros nas ruas”.
A orientação da METRA, que opera com os Trólebus no Corredor Metropolitano, é para os funcionários trabalharem normalmente. Entretanto, o Sindicato dos Rodoviários do Grande ABC decidiu pela paralisação, a partir da zero hora desta sexta, para transporte municipal, intermunicipal, Metra e empresas de fretamento.
As agências bancárias da região também não funcionarão, de acordo com o Sindicato da categoria. Já o Sindicato dos Metalúrgicos do Grande ABC também participa e orienta “que ninguém vá ao trabalho nem utilize serviços como ir a bancos, restaurantes, escolas e mercado, por exemplo”.
A Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos, que reúne os sindicatos regionais da categoria, decidiu que vai entrar em greve por tempo indeterminado a partir desta sexta.
Prefeituras
As prefeituras da região terão expediente administrativo normal, no entanto admitem que serviços essenciais podem ser prejudicados por conta da paralisação, entre eles na área da saúde, educação, transporte e coleta de lixo, casos das administrações de São Caetano, Mauá e Diadema. Em Santo André, as aulas na rede municipal foram canceladas e haverá reposição em 20 de maio. Ribeirão Pires afirmou que os servidores prejudicados por falta de transporte poderão justificar as faltas. Por nota, São Bernardo falou do papel do poder público em prestar serviços básicos de maneira ininterrupta, e que para isso “são essenciais funcionários públicos nos seus devidos postos de trabalho”.