Em dia de poucas novidades, a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Lixo, na Câmara de São Bernardo, aprovou a prorrogação do prazo para a investigação do contrato entre a Prefeitura são-bernardense e o Consórcio SBC Valorização de Resíduos Revita e Lara. A Comissão também ouviu o ex-secretário de Serviços Urbanos e ex-vereador José Cloves (PT), durante a reunião desta quarta-feira (26). O petista deu detalhes sobre o estudo feito para a concepção da PPP (Parceria Público-Privada).
O pedido foi de mais 60 dias de prazo para encerrar a CPI, sem contar o período de recesso parlamentar (em julho), a Comissão vai trabalhar até o dia 7 de setembro quando o relatório deverá ser entregue pelo relator Juarez Tudo Azul (PSDB), para que na sequência seja votado em plenário e levado ao Ministério Público.
“Pedimos um novo prazo para que dê tempo de ouvir todos os envolvidos”, resumiu o presidente da CPI, Ary de Oliveira (PSDB). A Comissão ainda espera ouvir outros nomes até o final do prazo como os ex-secretários de Serviços Urbanos, Sebastião Ney Vaz Júnior e Tarcísio Secoli, além de representantes do próprio Consórcio.
Na reunião desta quarta foi aprovado o requerimento para que um representante da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) para explicar sobre os motivos para que o alvará que permitia a construção da Usina de Lixo ao lado do terreno do antigo lixão do bairro Alvarenga não foi concedido.
O assunto também está entre os pedidos de esclarecimento para a Prefeitura devido ao fato de mesmo com as desapropriações feitas para a construção da Usina, algumas pessoas conseguiram construir algumas casas no local. O fato já foi alvo de um pedido informal de convocação para a ex-secretária de Habitação, Tassia Regino.
A oitiva do representante da Cetesb deve ocorrer na próxima reunião, no dia 10 de maio. A intenção é que no mesmo dia ocorra o depoimento de Ney Vaz que aconteceria nesta quarta, mas o ex-secretário não foi encontrado para receber a notificação de convocação.
Cloves
O depoimento do ex-secretário e ex-prefeito não conseguiu elucidar as dúvidas dos vereadores, pois José Cloves deixou a Prefeitura antes da assinatura do contrato da PPP, no final de 2011. Assim participando apenas dos estudos técnicos para avaliar qual seria o melhor modelo de contrato.
Em 30 minutos de oitiva, o petista respondeu a poucas perguntas dos vereadores que chegaram a questioná-lo sobre o fato do contrato ser de 30 anos, incluindo serviços básicos como poda de árvores e recapeamento. Cloves apenas insistiu em dizer que o fato foi feito em cima de estudos técnicos.