Preocupação com Previdência e tensões geopolíticas fazem dólar subir 0,82%

O dólar fechou em alta firme ante o real nesta terça-feira, 25, pressionado tanto por fatores internos quanto externos. No cenário doméstico, temores em relação à aprovação da reforma da Previdência se intensificaram após partidos da própria base aliada começarem a endurecer o discurso. Já no âmbito internacional, tensões geopolíticas com a Coreia do Norte voltaram ao radar, enquanto dados positivos nos EUA também intensificaram o movimento de valorização da divisa norte-americana.

O dólar à vista no balcão terminou com alta de 0,82%, a R$ 3,1524, após oscilar entre a mínima de R$ 3,1430 (+0,52%) e a máxima de R$ 3,1693 (+1,36%). O giro registrado na clearing de câmbio da B3 foi de US$ 1,082 bilhão. No mercado futuro, o dólar para maio avançava 0,67% por volta das 17h15, a R$ 3,1540. O volume financeiro somava US$ 15,774 bilhões. No exterior, o dólar subia 0,98% ante o peso colombiano, tinha alta de 0,88% na comparação com o peso mexicano e registrava valorização de 0,64% frente ao rublo russo.

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Após o PSB orientar ontem sua bancada a votar contra a proposta de mudanças previdenciárias, o líder do PSD na Câmara, Marcos Montes (MG), afirmou nesta tarde que a legenda também não deve fechar questão a favor da reforma da Previdência e votar contra o governo na reforma trabalhista. Logo na sequência, no entanto, ele mudou de opinião e disse que a bancada ficará livre para votar como quiser no caso da reforma trabalhista. Mais tarde, em nova mudança, o partido orientou o voto a favor. Também houve um alívio no estresse depois que o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, uma das principais lideranças do PSB, considerou como precipitada a decisão do seu partido.

Nos últimos minutos do pregão, a comissão especial que trata da reforma trabalhista aprovou o relatório por 27 votos a 10. O parecer e os 25 destaques serão votados amanhã pelo plenário.

No exterior, o dólar avançou de maneira generalizada ante outras moedas emergentes e de países exportadores de commodities, em função da tensão com a Coreia do Norte e de dados divulgados nos EUA, em especial o indicador melhor do que o esperado sobre vendas de moradias. O avanço em relação ao dólar canadense (+0,40%) também se justificou pela notícia de que o presidente dos EUA, Donald Trump, impôs uma tarifa adicional de 20% sobre as exportações canadenses de alguns tipos de madeira.

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