O programa Fila Zero, de Santo André, deve iniciar na próxima quinta-feira (27) com a participação dos dois primeiros parceiros da iniciativa privada, a Clínica Ana Rosa e o Hospital e Maternidade Christóvão da Gama. O anúncio da nova data foi feito pelo prefeito de Santo André, Paulo Serra, nesta quarta-feira (19), durante atividade de reabertura do Banco de Alimentos na Companhia Regional de Abastecimento Integrado (Craisa).
Antes disso, no dia 11, em atividade na Câmara, o chefe do Executivo havia dito que os atendimentos teriam início na última terça-feira (18), fato que não ocorreu. Desta vez, Serra destaca que as negociações com os parceiros estão adiantadas e a participação das empresas no programa deve ser consolidada no começo da próxima semana. De acordo com as informações, os exames serão feitos no hospital e as consultas na clínica.
“Esse começo é mais burocrático, depois queremos acelerar o processo para zerar essa fila. Existem outras empresas do segmento que também demonstraram interesse em aderir”, garante.
Cirurgias
Quanto às cirurgias, o prefeito adianta que o hospital vai oferecer intervenções de baixa complexidade. “Além da fila de exames e consultas vamos entrar em um outro nicho dessa demanda. O cronograma de atendimento será disponibilizado na próxima semana”, salienta.
Um dos possíveis parceiros, o Hospital e Maternidade Christovão da Gama, informou por meio de nota, que há uma reunião prévia agendada com a Prefeitura para esta quinta-feira (20). O objetivo é iniciar as tratativas para participar do programa, mas ainda sem data prevista para início dos atendimentos. Já a Clínica Ana Rosa foi procurada pela reportagem do Repórter Diário, mas não respondeu aos questionamentos.
Projeto
O programa Fila Zero visa trocar passivos que hospitais e clínicas de saúde particulares têm com a Prefeitura, como Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e Imposto Sobre Serviços (ISS), por atendimentos de pacientes do sistema municipal de Saúde. A estimativa é que os débitos estejam em torno de R$ 246 milhões. A iniciativa deve gerar cerca de 60 mil consultas e 58 mil exames.
A primeira ação do programa ocorreu no dia 8 de abril, com mutirões realizados em três unidades de saúde e que ofertaram especialidades com as maiores filas de espera: dermatologia com 11.731 solicitações; neurologia adulto com 7.708; cirurgia vascular com 6.100; cardiologia adulto 2.644 e reumatologia com 3.251, sendo que no caso desta especialidade, a data mais antiga de espera era de abril de 2015. Foram realizados também exames de eletrocardiograma e doppler vascular.
Segundo Serra, a data de realização dos próximos mutirões depende ainda do que for negociado com as instituições de saúde. “Essas são ações complementares de troca por dívida. Dependendo da demanda de serviços gerada na parceria que será firmada, o próximo deve ocorrer entre os dias 15 e 20 de maio”, afirma.