O superintendente de Planejamento de Desenvolvimento do Instituto Mauá de Tecnologia (IMT), Fábio Bordin, acredita que a continuidade dos Arranjos Produtivos Locais (APLs), já consolidados, podem evoluir com a efetiva participação da Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC. Em entrevista ao RDtv afirma que trata-se de uma evolução sobre o tema e espera que a nova gestão da entidade possa incorporar a ação na agenda regional, em consonância com a discussão da implementação do Parque Tecnológico, em Santo André, para efetividade, benefícios e competitividade no setor.
Os 12 APLs consolidados foram viabilizados na gestão do ex-prefeito Luiz Marinho (PT), e ainda estão com futuro incerto na administração do prefeito Orlando Morando. Passados mais de quatro meses de sua gestão, o assunto ainda não tem pauta definida, apesar de seu plano de governo dar destaque na reestruturação dos APLs.
De acordo com Bordin, a participação do poder público municipal de São Bernardo foi primordial na fase inicial da política pública para entender os problemas dos setores, e citou como exemplo, a interlocução para a participação dos envolvidos, bem como as pautas e agendas desenvolvidas.
“Esse cenário evoluiu bem na maioria dos APLs, está constituído. Acredito que agora os grupos esperam o desdobramento e continuidade de ações, que já foram feitas para enxergar as novas possibilidades e mostrar a efetividade desse trabalho”, destaca Bordin.
O Instituto Mauá de Tecnologia teve participação efetiva no Arranjo Produtivo de Ferramentaria, que buscava desenvolver um escritório de competências em softweres e engenharia e prestação de serviços para as empresas da região.” Esse esforço consolidou o projeto que ainda é válido. A gente espera que a Agência de Desenvolvimento Econômico possa voltar unir os atores e propiciar a busca por verbas não reembolsáveis dos órgãos de fomento”, pondera.
O lojista e integrante do APL Moveleiro, Sergio Todesco, também participou do RDtv e afirma que o cenário atual é preocupante, pois o segmento está perdendo espaço no mercado. O empresário torce para que a Prefeitura de São Bernardo retome a discussão e dê prosseguimento ao Arranjo Produtivo.
“O segmento moveleiro foi fortalecido de 2014 até meados de 2016. Teve forte participação junto a outras instituições. Dependemos do poder público, que é o grande estimulador, para resgatar todos os incentivos que tivemos nos últimos anos”, disse Todesco, que já trabalha na elaboração da próxima Feira de Móveis na rua Jurubatuba, prevista para ocorrer na segunda quinzena de maio.