Comércio do ABC prevê 17% a mais nas vendas de Páscoa

Foto: Raíssa Ribeiro

A menos de um mês da Páscoa e o comércio varejista já está com as prateleiras lotadas à espera do consumidor. A expectativa é que a vendas de barras e ovos de chocolate sejam até 17% superiores em relação à mesma data comemorativa em 2016. Para isso, as lojas apostam em novidades, volta de produtos procurados pelos consumidores e preços baixos.

Osvaldo Nunes, presidente da Chocolândia, em Santo André, é o mais otimista ao apostar em um aumento de até 17% nas vendas em relação ao ano passado. Com o clima mais ameno e as contas de início de ano já pagas, diz, o consumidor tende gastar um pouco mais, principalmente em ovos pequenos. “Sempre que a Páscoa é no início de março é ruim para o comércio, pois o consumidor ainda está atrelado com as contas do fim de ano e os impostos do carro, casa e material escolar. Além disso, o clima é mais quente, o que faz com que as pessoas não comprem muito chocolate”, explica.

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O varejista ressalta que não há grande diferença entre os preços praticados no ano passado e que a Chocolândia estará com três novas lojas para a Páscoa deste ano: na Freguesia do Ó e Sacomã, em São Paulo, e São Vicente, na Baixada Santista. Como acredita que o consumidor sempre dá preferência para o mais barato, a rede apostou nos ovos pequenos e barras de chocolate. Para isso, estocou 3 mil quilos de chocolate em barra.

Franqueada da Cacau Brasil em Santo André, Heloísa Guidetti prevê aumento de 10% nas vendas com a Páscoa e acredita que entre os itens mais procurados estarão as novidades, como ovos recheados com Creme de Avelã e Cookies & Cream, além da volta do Chocolate Trufado com Maracujá. “Esse era um dos produtos mais pedidos pelos consumidores”, destaca.

Heloisa conta que os ovos trufados fazem sucesso entre os consumidores comuns, enquanto as empresas dão preferência aos ovos tradicionais. A comerciante acredita ainda que os consumidores irão procurar por preços mais em conta e a grande maioria deve fixar gastos até R$ 60. “O orçamento de todos está meio apertado, mas ninguém deixa de presentear. Aqui fugimos um pouco do que é praticado nas grandes lojas e temos opções de R$ 5,25 até R$ 54,90”, diz a lojista que oferece, ainda, opção de o cliente montar cestas de chocolate com todos os itens à venda na casa.

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Outro que enxerga crescimento de 10% é Cláudio Antonio Mantovani, proprietário da Vevey Doces, em Santo André. “Como tivemos um 2016 ruim e ainda estamos em uma crise, se conseguirmos crescer dentro deste percentual estará muito bom”, avalia. As principais apostas são as novidades em embalagens e as formas para ovos de colher, os mais procurados todos os anos. “As barras de chocolate de 2,1 quilos também saem muito. Com a aproximação da Páscoa, as de 1 quilo começam a sair muito também”, diz.

Já a Coop (Cooperativa de Consumo) realiza a campanha de Páscoa com a previsão de manter o mesmo volume de vendas do ano passado, que foi 8% superior a 2015. Foram produzidas 20 toneladas de bolo pascal Delícias da Coop, sendo 25 mil unidades de frutas e 25 mil unidades de chocolate. A expectativa é que haja migração dos ovos de Páscoa para bombons e tabletes, por isso serão criados kits contendo os dois produtos.

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