O programa da Prefeitura de Santo André Fila Zero, que tem como objetivo atender todos os pacientes da rede municipal de saúde que aguardam por atendimento, deve gerar 57,8 mil consultas e 60,8 mil exames.
A informação foi passada aos vereadores em reunião a portas fechadas durante a sessão desta terça-feira (21/03) pelos secretários de Saúde (Ana Paula Pena Dias), Assuntos Jurídicos (Caio Costa) e Finanças (José Carlos Grecco). No encontro, foi anunciado que o projeto pode ser ampliado para a área odontológica, entre outras especialidades médicas.
Entretanto, sete vereadores (cinco do PT e dois do PRB) não participaram do encontro por acharem que a conversa deveria ocorrer no plenário. “Vamos protocolar o pedido na próxima sessão, para que eles voltem e prestem os esclarecimentos pertinentes aos parlamentares e a população”, diz o líder da bancada do PT na Câmara, Alemão Duarte (PT). Leia mais aqui
O projeto de lei visa permitir que hospitais e clínicas reduzam as dívidas que possuem com o município por meio da realização de exames. A fila de consultas com especialistas chega a 57.812 solicitações, com destaque para dermatologia com 11.689 pedidos, neurologia adulto com 7.764 pedidos e proctologia com 4.137 solicitações. Há ainda 60.808 guias de pedidos de exame pendentes.
A secretária de Saúde, Ana Paula Pena Dias, explicou que a ideia é que o paciente seja atendido em sua totalidade e que há um planejamento para que novas filas sejam sanadas. “Uma consulta ao cardiologista gera um exame de eletrocardiograma. Estamos traçando ações para que os pacientes sejam atendidos em sua plenitude e não que fique sem um atendimento completo”, explica.
Ana Paula diz ainda que grande parte das dúvidas dos parlamentares era sobre o valor da dívida das empresas de saúde com o município e a quantidade de exames e consultas serão gerados.
Quanto ao projeto abrir brecha para que empresas de outros setores em débito com a Prefeitura se apoiem, o secretário de Finanças destacou que atualmente a maior concentração de devedores é do setor de Saúde. “Não acredito que isso possa ocorrer”, afirma.
O líder do governo na Câmara, Pedro Botaro (PSDB) avaliou que a reunião foi produtiva pois sanou dúvidas dos parlamentares quanto ao projeto. “Entre os questionamentos estavam a possibilidade de aumentar a inadimplência no município, o que eles refutaram. Além disso, estarão contempladas no projeto empresas com dívida ativa até 31 de dezembro de 2016 e é necessário que os pagamentos de tributos deste ano sejam quitados. Caso contrário, será desligado do programa”, explica.
Além disso, os vereadores também foram informados que o setor de odontologia também será contemplado. “Não sabemos qual é o universo de pessoas que estão a espera por atendimento nessa área, mas temos clareza que há uma demanda reprimida”, diz.