A visita dos secretários Ana Paula Peña Dias (Saúde), Caio Costa (Assuntos Jurídicos) e José Carlos Grecco (Finanças) à Câmara de Santo André foi motivo de desentendimento entre vereadores, na sessão desta terça-feira (21). O motivo da ida a Casa do Legislativo foi prestar esclarecimentos aos parlamentares sobre o projeto de lei do Executivo que tem como objetivo zerar a fila por atendimento em consultas e exames, por meio de isenção de débitos vigentes com a Prefeitura.
A sessão foi interrompida por 30 minutos para que os vereadores se reunissem com os secretários. Porém, o primeiro desentendimento ocorreu quando foi anunciada que a conversa seria realizada a portas fechadas e não no plenário.
A bancada oposicionista decidiu não participar da reunião e aguardou o término do encontro no plenário. “Respeitamos isso, pois não fizemos uma solicitação formal para a vinda dos secretários. Vamos protocolar esse pedido na próxima sessão, para que eles voltem e prestem os esclarecimentos pertinentes aos parlamentares e a população”, diz o líder da bancada do PT na Câmara, Alemão Duarte (PT).
Passados os 30 minutos do recesso, os vereadores que estavam no plenário tentaram retornar a sessão, mas não conseguiram, pois havia uma ordem do presidente da Casa, Almir Cicote (PSB), para que os trabalhos retornassem depois do término do encontro com os secretários.
Os vereadores Roberto Rautenberg (PRB) e Ronaldo de Castro (PRB) – que não participaram do encontro por acharem que a conversa deveria ocorrer no plenário – acusam o presidente da Câmara de Santo André, Almir Cicote, de autoritarismo. “Isso vai contra o regimento da Casa, que permite que os trabalhos sejam retomados pelo vereador mais velho presente, uma vez que há quórum para isso. Além disso, temos que entender o motivo do presidente da Casa ter levado essa reunião para um espaço fechado”, questiona.
No momento estavam presentes, além do Rautenbeg e Castro, os vereadores da bancada petista Willians Bezerra, Bete Siraque, Alemão Duarte, Eduardo Leite, Luiz Alberto.
Cicote explica que a ideia da reunião a portas fechadas foi da bancada da situação e que ele enquanto presidente da Casa, gerencia a sessão. Quanto a questão a reabertura dos trabalhos, o presidente da Câmara lembra que sempre houve respeitabilidade entre os parlamentares no aguardo do término das reuniões para retorno da sessão.
“Temos acordos para que os trabalhos caminhem da melhor forma possível, principalmente para aqueles que não estão previstos no regimento interno. Talvez o vereador não tenha conhecimento do regimento interno, mas ele tem quatro anos de mandato para aprender”, alfineta Cicote.