A ajuda oferecida pela Prefeitura de Diadema para as sete famílias que foram vítimas da enchente no bairro Casa Grande, na semana passada, não agradou aos moradores. Em visita à Câmara nesta quinta-feira (9), um grupo de moradores reclamou do auxílio aluguel oferecido pelo Executivo e querem prioridade na fila para ocupar moradias populares.
Segundo o grupo, o Executivo diademense ofereceu um auxílio aluguel de R$ 420 por três meses. Caso aceitassem, o benefício seria concedido em 30 dias. “Existem dois problemas, o primeiro é que com a enchente nós perdemos todos os documentos, então não dá para dar entrada no pedido de auxílio. Segundo, eles querem pagar R$ 420 por três meses. Nós perdemos sofá, geladeira, fogão, não dá para pagar tudo”, disse Patrícia Araújo Ramalho.
Patrícia também revelou que as famílias ainda estão morando nas casas que foram interditadas pela Prefeitura. As moradias estão localizadas em frente ao piscinão do Casa Grande, que não suportou a quantidade de água que caiu no último dia 2.
Na semana passada, o Executivo diademense afirmou que “as sete famílias estão sendo acompanhadas pela equipe social da Secretaria de Habitação”. Foram fornecidos “colchões, cobertores, cestas básicas e roupas. Algumas famílias optaram em se alocar em casas de parentes. As demais serão atendidas no programa Bolsa Aluguel”.
Representantes da Pasta de Habitação foram até a Câmara e fizeram a mesma proposta de auxílio aluguel. “Nós queremos um lugar para ficar, não queremos ficar mais lá, pois é perigoso. Não temos para onde ir. Queremos entrar na lista para as moradias populares, pois temos nossos filhos e não temos onde ficar”, afirmou Patrícia que estava acompanhada por mais dois moradores do bairro. Os funcionários da Prefeitura não concederam entrevistas após a reunião na sede do Legislativo.