Dois novos possíveis casos de febre amarela estão sendo investigados em Santo André, sendo que o último foi notificado no último dia 22 de fevereiro. Até o momento, a cidade contabiliza dois casos importados da doença. Além disso, também estão sob análise a morte de quatro macacos, que são os principais hospedeiros do vírus causador da doença.
Estão sendo analisados os casos de uma mulher de 70 anos, moradora do Bairro Condomínio Maracanã que viajou para Montes Claros, em Minas Gerais, e o de outra paciente, de 24 anos, que reside no bairro Vila Humaitá e esteve recentemente em Atibaia e Itu. Não há previsão para emissão dos laudos de confirmação. Um terceiro caso que estava sendo investigado, foi descartado.
A cidade tem dois casos importados confirmados da doença. Um dos casos confirmados foi o óbito da paciente T. B. B. de 28 anos, que viajou para Capitólio, em Minas Gerais. O outro é de um homem, 57 anos, morador do Bairro Alto de Santo André, que viajou para Santa Maria do Suaçuí, em Minas Gerais, foi atendido em São Paulo.
A orientação para quem vai viajar para zonas rurais ou de mata é se vacinar antes. Em Santo André é possível tomar a vacina nas unidades de saúde Centro, Utinga e Vila Luzita, toda segunda e quinta-feira, das 13h às 17h. Não é necessário agendar, no entanto o paciente deve informar o endereço de residência e o local para o qual realizará a viagem.
Morte de macacos
Também estão sendo investigada a morte de quatro macacos-prego, que ficavam em um mini zoológico, no Parque Cidade dos Meninos, no Parque Novo Oratório. Os animais, que eram regulados pelo Ibama, morreram no início de fevereiro e o Departamento de Vigilância à Saúde do município encaminhou os órgãos para análise no Instituto Adolfo Lutz.
A previsão é que o laudo da necropsia seja encaminhado para a Prefeitura ainda na primeira quinzena de março. Além da necropsia foram feitos alguns exames, entre estes um exame de sangue denominado RTPCR (Reação em Cadeia da Polimerase), que deu negativo para a doença.
O veterinário Marcelo da Silva Gomes explicou que é um bom sinal o exame ter dado negativo para a doença, mas é necessário que uma análise completa seja finalizada. “Há exames indicados pela Organização Mundial de Saúde que devem ser realizados para mostrar se esse resultado se confirma. Mas essa primeira negativa é um bom sinal”, afirmou. Segundo o veterinário, o macaco-prego é um animais mais resistente ao vírus causador da febre amarela.
Em nota, a assessoria de imprensa da Prefeitura informou que o Instituto Adolfo Lutz só conclui a causa da morte se ela for resultado de algum processo infeccioso, “pois o intuito de mandar as amostras para análise é ter conhecimento se estão circulando na cidade vírus, bactérias, fungos, protozoários e uma série de outros microrganismos patogênicos causadores de infecções, que poderiam provocar uma epidemia, por exemplo, para serem tomadas as medidas cabíveis”.
Já o Departamento de Vigilância à Saúde realizou o bloqueio de criadouros nas proximidades do mini zoológico e a nebulização no entorno do local, no raio de voo do mosquito, que é 200 metros, procedimento de acordo com a orientação da Superintendência de Controle de Endemias.