A secretária de Saúde de São Caetano, Regina Maura Zetone Grespan, quer reduzir em até 40% os custos da pasta neste ano. Ao RDtv, a chefe da pasta disse que o desafio é adaptar o atual orçamento, que é de R$ 289,5 milhões, para quitar as dívidas com fornecedores que estão pendentes desde junho de 2016.
Regina Maura destacou que a ideia é adaptar o orçamento para a realidade financeira da pasta. “Temos que ser criativos para conseguir resolver essa situação. Tenho que reduzir contratos e custos, desde recursos humanos até insumos e outros materiais”, destacou.
A falta de pagamentos com fornecedores acarretou problemas como dificuldades na compra de materiais, que de acordo com a secretaria, garante o mínimo para funcionamento das unidades de saúde. “Há dificuldade de comprar alimentação para pacientes, por conta de atrasos de seis a oito meses no pagamento dos contratos e agora empresas não querem entregar. É uma situação financeira e burocrática difícil de resolver”, disse.
Pagamento de funcionários
Quanto ao pagamento de direitos trabalhistas de funcionários da Fundação ABC que atuavam nas unidades de São Caetano e que foram dispensados em janeiro, a secretária adiantou que houve uma negociação com o sindicato da categoria e que ficou acertado que os trabalhadores que tinham salários de até R$ 5 mil terão rescisão feita e homologada.
Já no dia 30 de março, a pasta deve recolher o pagamento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). “A demissão dos funcionários eram premente. Não havia como arcar com os custos. Se não fizesse isso, no meio do ano meu orçamento estaria estourado”, explicou.
A secretária destacou que a demissão não gerou impactos no atendimento a população, pois a grande parte destes entrou nos quadros da Prefeitura três meses antes da eleição. “Não houve planejamento, pois esses funcionários recebiam salários que não eram condizentes com valores de mercado ou com as funções desenvolvidas”, afirmou.
Copos plásticos
Com relação à polêmica do uso de copos plásticos, a secretaria destacou que a questão tomou uma dimensão desproporcional ao fato. “Apenas solicitei que os funcionários deixem seus copos, garrafas ou canecas no ambiente de trabalho, para preservar os copos para pacientes que estão em atendimento”, explicou.
Além disso, Regina Maura destacou que a ideia é que os funcionários da rede de saúde municipal utilizem escadas ao invés de elevadores, quando foram se locomover em pequenas distâncias. “Havia um contrato de manutenção com elevadores que não estava vigente. Agora se quebrar um equipamento, teremos o custo das peças”, concluiu.