Os pais e as centenas de alunos que voltaram às aulas nas escolas municipais da região estão novamente diante uma novela que se repete há anos: a entrega de uniformes, que virou mais dúvida do que certeza na maioria das cidades. Dos sete municípios do ABC, apenas um, Diadema, já começou a fazer a distribuição.
Os já tradicionais atrasos no fornecimento dos uniformes ganharam um componente a mais devido às trocas de governos. Nem todos os gestores que saíram dos cargos deixaram encaminhadas licitações para que as compras fossem realizadas.
Municípios citam apontamentos feitos pelo Tribunal de Contas do Estado e falta de verbas como alguns dos motivos que levam ao atraso na entrega. No ano passado, cidades chegaram ao extremo de não entregar uniforme nenhum, como foi o caso de Santo André, que alegou dificuldades orçamentárias.
Independentemente das justificativas que as Prefeituras venham a apresentar, o que se observa é uma imensa dificuldade das administrações municipais em transformar a entrega das vestimentas em algo regular e garantido. Entra ano e sai ano, e os pais nunca têm certeza quando e se as roupas serão distribuídas.
É fato que o fornecimento não é obrigatório, mas uma vez que as cidades se dispõem a oferecer os kits, precisariam se planejar melhor para evitar transtornos para alunos e responsáveis.