A Praça Peruche que devia ser utilizada como opção de lazer e tranquilidade para os moradores da vila Curuçá, em Santo André, virou retrato de abandono. Lixo, poças de água com criadouros de dengue, surgimento de animais e o matagal são alguns dos cenários encontrados na academia ao ar livre da praça do bairro da rua Lituânia.
Em visita ao bairro, a equipe do RD constatou uma moradora carpindo (confira abaixo a galeria de fotos) parte do matagal da praça, indignada com a falta de prioridade na ação de manutenção por parte da prefeitura de Santo André. “Se nós, moradores, não limparmos, não tem como aproveitar o espaço”. Ela diz que pela manhã algumas pessoas utilizam o caminho da praça para fazer caminhadas, no entanto o matagal toma do trajeto e fica impossível andar com segurança.
“Ao menos uma vez por semana venho limpar o caminho para que consigam caminhar. Sem falar nos mosquitos e ratos que invadem nossas casas, é uma vergonha”, conta a moradora que preferiu não ser identificada.
Luís Carlos Mossetto, responsável pelo Clube Peruche, localizado ao lado da praça conta que o estabelecimento sofre com os focos de dengue e com constantes pichações. “Agora que estou na administração estou tentando colocar a casa em ordem, mas ainda falta muito”, diz. Ele conta que o matagal já tomou conta do prédio e as paredes externas estão totalmente pichadas. “O maior problema são as poças de água ao lado do clube, verdadeiros focos de dengue. Já chamei a prefeitura para vir limpar diversas vezes, mas até agora nada”, reclama.
Insegurança
Outra reclamação de grande parte dos moradores do Curuçá é em relação a falta de segurança e a concentração de usuários de drogas na viela da rua Fidalga, altura 142. “Estes dias por volta das 21h30 passei próximo à viela e tinha dois caras que me perguntaram se eu procurava por algo. Está muito perigoso andar por ali”, comenta Vinicius Pocci Silva. “A prefeitura precisa saber o que acontece por lá e tomar alguma providência pro bairro voltar a ter segurança”.
Ainda na rua Progresso, em frente à Praça, a pavimentação está totalmente danificada, com buracos profundos que mais se parecem com grandes crateras, o que dificulta a passagem de pedestres, veículos e as crianças com bicicletas.
A insatisfação atinge ainda Maria Aparecida Silva, moradora da rua Belize, que está indignada com a falta do serviço de coleta seletiva. “Pagamos impostos e a coleta seletiva não passa em nossa rua. Sou obrigada a andar até outro ponto para deixar o lixo separado. Estamos totalmente esquecidos e abandonados”, diz.
Prefeitura diz que área será contemplada
A Prefeitura de Santo André informou, por meio de nota, que a área em questão está dentro do programa de rondas da Guarda Civil Municipal. Sobre os apontamentos envolvendo animais peçonhentos, o departamento de Vigilância à Saúde irá averiguar o caso e se comprovado, tomará as devidas providências.
Já em relação aos serviços de conservação, desde o primeiro dia de gestão, a atual administração deu início aos serviços de manutenção da cidade, porém é importante ressaltar que a defasagem da zeladoria deixada nos últimos anos, é grande. Normalizar a situação demanda tempo, mas já está prevista a melhora dentro do programa “Santo André eu amo, eu cuido”.
A Prefeitura de Santo André informou que priorizou os principais corredores da cidade e agora, as equipes estão atuando nos parques do município, começando pelo Parque Central e seguindo para o Parque da Juventude. Após isso, os bairros serão contemplados.