“Houve uma saia justa na verdade e eu preciso dizer isso claro para as pessoas”. Foi assim que o vereador de Mauá, Adelto Cachorrão (PTdoB), começou a explicar a saia justa que ocorreu durante a eleição da Mesa Diretora da Câmara mauaense. Em entrevista ao RDtv, nesta segunda-feira (23), o legislador negou a informação de Chiquinho do Zaíra (PTdoB) de que não tinha articulado com a legenda para ser o segundo secretário da Casa.
Segundo Cachorrão, um vereador (não revelado) o avisou de que haveria uma vaga para o bloco oposicionista dentro da Mesa Diretora, pois se trabalhava para uma chapa única. Ao saber da situação resolveu pleitear a vaga e então conversou com Chiquinho do Zaíra sobre o assunto.
“Eu expus para o Chiquinho a situação e até perguntei se ele tinha alguma pretensão em relação a esta vaga, pois eu retiraria meu nome. Ele disse que não tinha nenhuma pretensão, mas que eu deveria falar com os outros vereadores de oposição para ver a situação e foi exatamente isso que falei”, explicou o legislador.
Na votação que ocorreu no dia 1º de janeiro, apenas Marcelo Oliveira (PT), se absteve de votar, os demais 22 vereadores – inclusive Chiquinho, votaram na seguinte composição: Presidente – Admir Jacomussi (PRP); Vice-presidente – Betinho Dragões (PR); 1º secretário – Irmão Ozelito (SD); 2º secretário – Adelto Cachorrão; e 3º secretário – Severino do MSTU – PROS.
Na sequência da votação, Chiquinho afirmou que não teve conversa com Cachorrão sobre o assunto, apesar de respeitá-lo. “Eu também pedi a palavra, mas outros vereadores mais experientes falaram que era um dia de festa e que não precisava falar sobre esse assunto”, explicou.
O PTdoB fez parte do grupo de apoio do então candidato à reeleição, Donisete Braga (PT). Apesar da legenda se posicionar como oposição, Cachorrão vem participando de alguns atos do prefeito Atila Jacomussi (PSB) quando é convidado. Inclusive, durante a entrevista, chegou a fazer elogios as primeiras medidas da atual gestão mauaense.