Durante a inauguração de um Sistema de Esgotamento Sanitário (SES), no Parque Municipal do Estoril, em São Bernardo, nesta sexta-feira (20), o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou que o reajuste da tarifa da integração do transporte planejada pelo Governo, mas barrada na justiça, foi para “beneficiar o maior número de pessoas”. O tucano também justificou a medida com os custos das empresas operadoras. O líder do Palácio dos Bandeirantes não quis falar sobre a manifestação realizada pelo prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), contra a cobrança da integração nos terminais do município.
Ao ser indagado sobre o ato de Michels que travou o corredor do trólebus com o seu próprio carro, há duas semanas, Alckmin evitou qualquer tipo de constrangimento com o chefe do Executivo diademense – que estava ao seu lado durante a coletiva de imprensa, e passou a justificar a intenção de reajustar a integração entre os modelos de transporte público.
“O que nós procuramos fazer? Beneficiar o maior número de pessoas. Nós temos 52% de usuários do metro que usam o bilhete de R$ 3,80. Nós temos 62% da população que usa o bilhete trem, e temos 66% que usam o ônibus. Uma medida que não reajusta o R$ 3,80, você beneficia o maior número de pessoas, esse foi o objetivo fazendo o reajuste nas demais tarifa, mas procurando atender o maior número de usuários do metro. E é interessante, pois o Rio de Janeiro aumento para R$ 8,50 o bilhete de integração e eu não vi absolutamente nada”, disse o governador.
Na sequência da resposta, Geraldo Alckmin continuou justificando o reajuste com os custos das empresas que também serão reajustados neste ano. “Temos que ter responsabilidade, pois as empresas terão aumento de salário, tem dissídio, tem combustível, tem energia elétrica, tem manutenção, pode também inviabilizar empresas. O Metro é uma empresa não dependente, ele não sendo dependente ele tem financiamento, novas linhas de metrô, expansões, estações, ele não pode ficar dependente do estado como é hoje a CPTM que é hoje uma empresa totalmente independente, mas vamos aguardar, não tem nada definido”, afirmou.
Questionado sobre o assunto, Michels apenas afirmou que espera a decisão sobre o ajuste e que não acha justo com a população ter um reajuste na cidade e ainda ter que pagar uma integração nos terminais de Diadema e Piraporinha.