O final de ano não trouxe notícias boas para a economia do ABC. O desemprego na região voltou a subir, mostrando que os efeitos perversos da crise seguem firmes. É um balde de água fria para quem esperava uma retomada no surgimento de vagas de emprego nas sete cidades. 2016 chega ao fim com o gosto amargo de mais pessoas sem trabalho.
Havia razões para certa dose de otimismo. O número de pessoas sem emprego caiu nos últimos cinco meses, mas agora voltou a subir. Levantamento feito pelo Dieese e pela Fundação Seade mostra, no entanto, que o desemprego no ABC chegou a 16% em novembro. São ao todo 227 mil pessoas desempregadas. Em novembro do ano passado o índice era de 12,2%.
Pior do que saber que o cenário neste ano está mais dramático em relação a 2015 é chegar à conclusão que não há perspectiva de quando haverá recuperação da economia. Um número cada vez maior de especialistas aponta que somente em 2018 haverá crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) e melhora significativa na economia do País e do ABC.
Os milhares de desempregados na região e em todo o País esperam que o novo ano possa trazer mais notícias positivas dos que negativas. A recuperação passa necessariamente pela política econômica do governo federal, mas não somente. Que os novos prefeitos que assumirão em janeiro também possam fazer sua parte e utilizar as ferramentas disponíveis para desenvolver a economia regional e gerar empregos.