Com dificuldades de conseguir verbas dos governos estadual e federal para iniciar as obras do novo Hospital Municipal (HM), o prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), afirmou que cogita a possibilidade de pedir um financiamento para tirar a proposta do papel. A intenção do verde é inicia a construção do novo equipamento no ano que vem.
“Nossas contas estão em dia, não temos nenhum problema. Podemos realizar empréstimos nos bancos, se for necessário. Podemos recorrer a financiamentos para fazer essa obra”, explicou o prefeito. O valor orçado para a nova obra no bairro Piraporinha – atrás do atual HM, é de R$ 50 milhões.
A primeira proposta é de que Município, Estado e União garantam tanto o valor para a construção quanto o seu custeio, cada um ficando com um terço do investimento. “Ainda vou buscar isso, pois não vou bancar isso sozinho. Temos que dividir esse valor, pois precisamos de um novo hospital, pois estou gastando muito com um hospital que não é meu”, disse Michels.
O prédio do HM Piraporinha pertence a Previdência Social e é usado pela Prefeitura a partir de uma compensação. O equipamento da década de 1960 nunca passou por uma grande reforma. O Município paga R$ 70 mil de aluguel, fora as contas de água e luz. “São contas caras, eu pago uma conta de luz alta, pois a fiação é muito antiga e eu não posso mudar, pois não tenho autorização”, falou o verde.
A ideia é construir o novo equipamento no terreno localizado atrás do atual hospital, mesmo local onde seria construída uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), idealizada pela gestão do ex-prefeito Mário Reali (PT), mas que nunca saiu do papel. Lauro Michels nunca escondeu ser contrário ao projeto.
“A UPA é um presente de grego. O Governo Federal manda o dinheiro para a construção, mas a operação, o custeio é bancado pelo município. Não dá para ter isso. Nenhuma cidade gosta desta situação. É muito melhor um novo hospital, com uma nova logística, pronto para ser um hospital de referência, até por isso quero dividir o custeio do novo hospital, pois se alguém, por exemplo, se acidenta na Imigrantes, ele é levado para Diadema, então porque que eu tenho que bancar sozinho esse hospital”, concluiu o prefeito diademense.