O prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), criticou nesta terça-feira (13) a operação deflagrada pela Polícia Federal que resultou na prisão dos secretários de Obras, Alfredo Buso e de Cultura, Osvaldo de Oliveira Neto. A operação Hefesta investiga irregularidades na construção do Museu do Trabalho e do Trabalhador.
Marinho falou sobre o assunto na tarde desta terça, após participar da entrega de revitalização do velório do Cemitério Municipal da Vila Carminha.
“Nós somos o principal interessado na apuração, com responsabilidade. Se tem alguém vítima aqui é a gestão pública. O Ministério Público, a Polícia Federal e o Judiciário, muitas vezes avalia de forma totalmente enviesada”, afirma o prefeito de São Bernardo.
Para Marinho, o pedido de prisão não se justifica. “Todos os documentos [que foram] apreendidos eles já tinham. Nunca houve nenhuma obstrução ou rejeição, muito pelo contrário. Temos interesse na apuração. Até porque nós somos vítimas das inverdades em relação ao museu”.
O prefeito fez críticas à lei de licitações. “Essa empresa, em qualquer análise que nós faríamos, não seria contratada para fazer a obra. Só foi contratada porque a lei impõe. E qualquer edital que você tente fazer criando condições de que empesas mais gabaritadas ganhem a licitação, o Tribunal [de Contas do Estado] não permite. Aí ganham empresas mais frágeis que criam esse tipo de problema. Eu vou lá saber se tem um laranja na direção de uma empresa que está participando de uma licitação”?