O prefeito eleito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB), utilizou as redes sociais para se pronunciar sobre a deflagração da Operação Hefesta, nesta terça-feira (13), que acabou na prisão de oito pessoas – entre elas dois secretários e um subsecretário são-bernardense, e oito pessoas que foram conduzidas coercitivamente à sede da Polícia Federal, na capital. Para o tucano, “São Bernardo foi alvo de uma notícia que mancha a imagem da nossa cidade, porém, ajuda a passar a limpo, a passagem de quem não honra o serviço público.
Confira o restante da mensagem de Morando:
“O Ministério Público e a Polícia Federal apontaram que houve corrupção no dinheiro destinado a obra do museu do Trabalho e do Trabalhador e por isso prendeu dois secretários do prefeito Luiz Marinho (PT) e mais cinco envolvidos no esquema, além de oito conduções coercitivas.
Esse projeto que tinha como objetivo transformar esse espaço em Museu do Trabalhador começou de forma estranha, pois nunca foi discutido com a população e com o tempo parecia que era para homenagear o ex-presidente Lula e seu partido.
Em nossa gestão, primeiramente queremos colaborar com a justiça para que os envolvidos, se confirmados culpados, sejam punidos e paguem o preço da lei. Entretanto, já estamos atuando junto ao Ministério da Cultura uma nova destinação para que esse espaço seja um equipamento cultural para formação dos jovens e adolescentes. Estou convicto de que a melhor forma de homenagear o trabalhador é buscar um futuro melhor para seus filhos”.
Quem denunciou?
Poucas horas depois da notícia da deflagração da operação Hefesta, os vereadores são-bernardenses, Julinho Fuzari (PPS) e Pery Cartola (PSDB), relembraram a série de denúncias feitas sobre o Museu do Trabalho e do Trabalhador. Fuzari relembrou falas na Câmara, enquanto Cartola relembrou que já havia denunciado as suspeitas ao Ministério Público em 2013, inclusive publicando ofícios enviados ao judiciário.
“Chapa Branca”
“Conforme o previsto, acabou em pizza a CPI da Merenda, e lamentavelmente foi realizada de forma superficial, com a ação dos deputados governista agindo de todas as formas possíveis para blindarem os agentes públicos ligados ao Governo do Estado”, afirmou o deputado estadual Luiz Fernando Teixeira (PT), após a leitura da redação final da CPI que ocorreu nesta terça.
Sem PPP
Sem o projeto de Parceria Público Privada (PPP) da Iluminação Pública, retirada pelo governo na semana passada, a Câmara de São Bernardo realizará sua última sessão nesta quarta-feira (14), com apenas duas obrigações. A primeira é debater e votar as contas da Prefeitura do ano de 2014, aprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP). A segunda é votar o relatório final da CPI do Instituto Municipal de Assistência à Saúde do Funcionalismo (Imasf). O relatório aponta a suspeita de rombo de R$ 100 milhões e também pede a prisão do ex-superintendente da autarquia, Valdir Miraglia, além de outros diretores.
Intenção
A intenção do presidente da Casa são-bernardense, José Luis Ferrarezi (PT), é limpar a pauta dos vereadores. Além dos dois projetos já citados, outros 59 aguardam o julgamento dos legisladores. Se a sessão seguir o ritmo dos últimos trabalhos, apenas as duas pautas obrigatórias passarão pelo crivo dos parlamentares.
Opinião
“O Consórcio Intermunicipal do ABC é uma instituição muito importante para o desenvolvimento de toda a nossa região e é preciso tomar muito cuidado para que projetos importantes de cada cidade envolvida não sejam comprometidos”, disse o prefeito de Ribeirão Pires, Saulo Benevides (PMDB), sobre a ideia de reduzir os repasses de cada Prefeitura para a entidade regional.