Faltando três semanas para a posse do novo prefeito de Santo André, Paulo Serra (PSDB), a equipe de transição do tucano se debruça sobre os números das finanças da cidade, considerados alarmantes e que representarão o maior desafio da próxima administração.
Em entrevista ao RDTv, o advogado Leandro Petrin, coordenador da equipe de transição, fala em cenário de “terra arrasada” ao se referir à situação financeira que será herdada do governo do prefeito Carlos Grana (PT).
“Tem fornecedores com 14 meses atrasado, aluguéis com 6 meses de atraso, recentemente a conta de energia elétrica da prefeitura foi cortada, suspensão das aulas com encerramento prematuro pois faltou limpeza, então na política costumamos falar que é o fim da feira”, afirma Petrin.
De acordo com Petrin, a perspectiva é que Paulinho assuma a gestão em 1º de janeiro com restos a pagar de R$ 250 a 300 milhões. Os números, no entanto, podem ser ainda mais preocupantes. “Não temos diagnósticos precisos da dívida na Craisa”, explica.
Paulo Serra (PSDB) será diplomado prefeito na próxima quarta-feira (14), junto com seu vice, Luiz Zacarias (PTB) e os vereadores eleitos para a próxima legislatura. O tucano ainda não anunciou quem formará seu secretariado – a divulgação deve ocorrer logo após a diplomação.
A presença de Leandro Petrin em posição de destaque no primeiro escalão é dada como certa. Ele nega, no entanto, o título de homem forte da futura gestão tucana.
“O governo dele com certeza terá um homem forte que chamará Paulo Serra. Outra questão a ser dita, a gestão terá um prefeito muito presente, segurando as rédeas do governo. O governo sim terá um homem forte, mas será o prefeito, que teve o caminhão de votos e eu não tenho dúvida alguma que ele fará jus e responderá com muito brilhantismo a responsabilidade que foi dado a ele”, afirma Leandro Petrin.