Morte de Fidel domina manchetes no Reino Unido

A imprensa britânica em peso dá destaque para a morte de Fidel Castro, aos 90 anos, na manhã deste sábado. Assim que foi confirmado pelo seu irmão, Raúl, o falecimento do líder cubano tomou conta das manchetes dos sites de notícias do país, que apresentam material extenso sobre a trajetória do líder comunista que ficou conhecido em todo o mundo.

O The Times fala que o revolucionário comunista, que comandou Cuba por meio século, morreu aos 90 anos. Seu irmão, que se tornou presidente em 2008, fez o anúncio por meio da televisão nas primeiras horas da manhã de hoje. “Castro foi presidente de Cuba de 1976 a 2008. O ex-líder ultrapassou os mandatos de dez presidentes dos Estados Unidos durante seu tempo de poder, supostamente sobrevivendo a inúmeras tentativas de assassinato da CIA no processo – incluindo um plano para carregar seu charuto com explosivos”, registrou a publicação.

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O The Guardian cita que a morte de Fidel põe fim a uma era para o país, a América Latina e o mundo. “O ícone revolucionário, um dos mais conhecidos e controversos líderes do mundo, sobreviveu a inúmeras tentativas de assassinato dos Estados Unidos e obituários prematuros, mas no final provou-se mortal e morreu tarde da noite de sexta-feira após uma longa batalha contra a doença”, avalia o periódico, que traz ao vivo atualizações em seu site sobre a reação da morte do líder revolucionário cubano.

O jornal diz ainda que, como era sabido que o presidente estava doente, o anúncio de sua morte era longamente previsto. “Mas quando veio, ainda foi um choque : o comandante – uma figura de proa para a luta armada em todo o mundo em desenvolvimento – não está mais vivo. Era notícia de que amigos e inimigos haviam longamente temido e ansiado, respectivamente.”

O site do Financial Times, que costuma ser pouco modificado aos finais de semana, alterou sua manchete assim que o irmão de Fidel confirmou sua morte. “Ele tomou o poder audaciosamente em 1959 e comandou até o fim um poderoso grupo de seguidores pessoal dentro e fora de Cuba”, trouxe a publicação. Durante mais de meio século em funções, Fidel Castro, de acordo com o FT, se metamorfoseou de um líder guerrilheiro popular e carismático para um caudilho tradicional, um refúgio autocrático de outra era.

“No final de sua vida, embora apoiado pelo surgimento de alguns novos amigos, como o falecido líder venezuelano Hugo Chávez, ele foi atacado por governos estrangeiros e grupos de direitos humanos e desprezado por muitos antigos partidários, incluindo até mesmo sua filha. No entanto, Castro permaneceu uma das figuras revolucionárias mais notáveis do século XX”, destacou o jornal de economia.

Os canais de televisão, como a BBC e a SkyNews também exibem imagens de Fidel, assim como a CNBC internacional. O canal France 24 apresenta avaliações de vários líderes europeus sobre a morte de Fidel. Para o russo Vladimir Putin, Fidel Castro é o símbolo de uma era. O ex-presidente Mikhail Gorbachev aclamou Castro pelo fortalecimento que proporcionou à Cuba. Já o francês François Hollande disse que Castro incorporou “esperanças e decepções” da Revolução cubano.

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