O inicio das transições entre os atuais prefeitos e os próximos gestores de Santo André, São Bernardo, São Caetano e Mauá marcaram a semana política da região. Além disso, protestos em São Bernardo, articulações para as presidências das Câmaras de Diadema e Mauá e as obras no Legislativo andreense foram destaques da coluna Rastilho, no RDtv.
Santo André
O atual e o futuro prefeito, Carlos Grana (PT) e Paulo Serra (PSDB), se reuniram no gabinete do petista na última terça-feira (8). Ambos se comprometeram a encerrar o processo de transição até 15 de dezembro.
As sessões da Câmara foram realizadas no próprio prédio do Legislativo e não no auditório Heleny Guariba (anexo do teatro municipal) como havia sido cogitado por causa dos constantes alagamentos na Casa. A mudança de local acabou não sendo necessária.
O presidente da Câmara de Santo André, Ronaldo de Castro (PRB), deu o primeiro passo para viabilizar a instalação de uma estrutura de vidro no plenário para separar munícipes dos vereadores. A licitação para definir a empresa que instalará o equipamento foi aberta na última quinta-feira (10) e o resultado da concorrência será divulgado no dia 25 de novembro.
São Bernardo
A semana começou com a primeira reunião de transição na Prefeitura. O prefeito Luiz Marinho (PT) recebeu o prefeito eleito Orlando Morando (PSDB). A reunião foi apenas para apresentar os grupos que vão gerenciar as reuniões que começam no 17. Mesmo assim marcou a discórdia entre o petista e tucano sobre o Museu do Trabalho e do Trabalhador. Morando quer transformar o local em uma ‘Fábrica de Cultura’, porém Marinho não acredita que o fato acontecerá por causa do dinheiro oriundo do Ministério da Cultura que não permite qualquer mudança no projeto.
Na Câmara, um protesto contra a cobrança de Imposto Sobre Serviços (ISS) para os chamados “puxadinhos” marcou a sessão da última quarta-feira (9). 100 munícipes foram até o Legislativo para cobrar dos vereadores alguma medida. Os parlamentares resolveram enviar uma indicação para que Marinho suspendesse as cobranças até uma nova avaliação. Nos bastidores, muitos consideram que dificilmente o prefeito voltará atrás.
Sobre a CPI do Imasf, pela segunda semana consecutiva os vereadores não ouviram a atual superintendente da autarquia, Glória Konno. O motivo foi o mesmo da semana passada, falta de quórum para realizar a sessão. Pelo menos sete dos 13 membros da Comissão devem assinar o livro de presença para iniciar os trabalhos, porém o número não passava de seis até o encerramento do encontro.
São Caetano
O resquício da disputa eleitoral em São Caetano marcou o inicio da transição. O atual prefeito Paulo Pinheiro (PMDB) e o novo prefeito José Auricchio Júnior (PSDB) não compareceram ao encontro no Palácio da Cerâmica marcado para a última quinta-feira (10). Também houve um “atraso” para o inicio do processo que a princípio começaria na última terça-feira (8). O motivo do adiamento é que o secretário de Governo, Nilson Bonome (PMDB), estava viajando.
Diadema
Mesmo com as férias do prefeito Lauro Michels (PV), os bastidores políticos da cidade ficaram agitados com a informação da articulação entre a oposição (PT, PRB e PR) com parte da futura base governista do verde (PPS e DEM) para indicar o nome de Pretinho do Água Santa para a presidência da Casa, assim deixando de lado o nome de Marcos Michels (PSB), nome favorito do gestor da cidade. Michels só retorna a cidade no próximo dia 21.
Nesta semana, a Câmara de Diadema aprovou a manutenção dos salários para o próximo ano. O prefeito continuará ganhando R$ 20.853,83 mensais. O novo vice-prefeito, Márcio da Farmácia (PV), ganhará 11.703,57. Os secretários vão receber R$ 10.533,25 e os vereadores vão ter vencimentos de R$ 10.192,10.
Mauá
Assim como aconteceu em outros três municípios da região nesta semana, Mauá também deu início ao processo de transição. O prefeito Donisete Braga (PT) se encontrou com o sucessor Atila Jacomussi (PSB) na última segunda-feira (7) e falaram, entre outros assuntos, sobre a situação financeira da cidade e limpeza de piscinões.
Se intensificaram as articulações para emplacar o vereador Admir Jacomussi (PRP), pai do prefeito eleito, como novo presidente da Câmara, o que levaria o clã Jacomussi a comandar dois dos três poderes na cidade de Mauá.
Na terça-feira (8) o Legislativo decidiu arquivar o processo contra o vereador Manoel Lopes (DEM), que foi acusado de ter praticado assédio sexual contra uma funcionária da Casa.