Querem acabar com os sindicatos, diz Martinha

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Preocupado com as últimas ações do judiciário, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá, Cícero Firmino, o Martinha, afirmou em entrevista exclusiva ao RDtv que não se surpreenderá caso algumas entidades sindicais venham a fechar as portas nos próximos anos. “Tem muita gente querendo limitar o trabalho dos sindicatos”, afirmou.

A principal reclamação do sindicalista vem em torno de decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) que tiraram a estabilidade do emprego de parte dos diretores dos sindicatos. “Na época da Ditadura (Militar, 1964-1985), na época da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), eram 20 diretores (por sindicato). A Constituição (de 1988) deixou livre os sindicatos para ter quantos diretores quisessem. O que tem feito a justiça, hoje? A justiça só deu a estabilidade para a Executiva, no máximo para alguns suplentes da Executiva. Então o sindicalista não tem instabilidade”, justificou.

Martinha afirmou que dentro do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá, quatro diretores perderam seus empregos, pois perderam a estabilidade. Para o sindicalista, o Judiciário, ao lado dos empresários, estão com o propósito de acabar com os sindicatos.

“Não duvide se dentro de pouco tempo muitos sindicatos fecharem suas portas e os trabalhadores ficarem sem representação. E isso, estou falando de grandes sindicados. Os trabalhadores vão ficar sem representação e vão ver o quanto isso é ruim”, afirmou.

A entidade na qual Martinha lidera vem perdendo um grande número de trabalhadores nos últimos anos. O Sindicato representava 25 mil trabalhadores antes da crise econômica e agora representam 17 mil trabalhadores. O fato ocorreu principalmente pelo fim da produção de alguns modelos de carros como Kombi, o Uno Mille e o Gol Geração 4.