Manter uma casa ou apartamento exige assumir aluguel, contas de água, luz, gás e internet. Na busca por economia, é cada vez mais comum as pessoas optarem pela moradia compartilhada, que consiste em dividir o mesmo espaço e as contas com pessoas sem parentesco. De acordo com a assessora de locação da imobiliária Pantera, de Santo André, Tais de Oliveira, dividir imóveis é uma tendência, visando economia e praticidade.
Geralmente os imóveis escolhidos por esse público ficam perto de centros comerciais. Foi esse um dos motivos que fez a atendente Bruna Teixeira, 24, trabalhar e morar no Centro de Santo André.
Pensando no tempo gasto para ir ao trabalho e o valor das passagens de ônibus, optou por morar há dois minutos andando do serviço. Ela divide a casa atualmente com mais duas pessoas, Jaqueline Cristine, 24, nutricionista, e Vitória Haidar, 20, estudante.
Além das contas, elas também dividem serviços da casa.“Também é uma forma de ter companhia. Às vezes não é legal morar sozinha”, diz Bruna. Cada moradora gasta R$ 600, incluindo aluguel e contas.
Saara Lacerda de Paiva, 21, está no 6º semestre de jornalismo na Universidade Metodista, em São Bernardo, e divide a casa com outros estudantes. Ela gasta R$ 450 de aluguel, fora as contas que variam de R$ 30 a R$ 40 por mês. “Sou estagiária. Atualmente seria inviável morar sozinha, sairia mais do que R$ 1 mil por mês”, informa.
Já Elierge Costa, 33, de Santo André, mora perto da UFABC (Universidade Federal do ABC), onde fez doutorado na área de nanociência. Porém, mesmo depois de ter concluído o curso, resolveu continuar dividindo uma casa com outros profissionais e estudantes. “Pago R$ 500 de aluguel e convivo com mais quatro pessoas. Por enquanto esse arranjo está bom”, conclui. Quando morava sozinha, Elierge chegava a gastar 70% a mais do que atualmente.
Segundo a assessora de locação, as pessoas que decidem compartilhar o espaço devem se atentar para colocar o nome de todos os moradores no contrato. “Nesses casos deve conter o nome de todos os moradores da casa. Caso alguém mude e outra pessoa entre no lugar a imobiliária precisa ser informada”, explica Tais.
Esse tipo de arranjo também precisa de fiador. Cerca de 50% dos contratos o fiador é pessoa física, já 50% é feita através de seguro aluguel.