Candidato a prefeito de São Caetano, Vadinho Esportes (PV), disse que uma de suas principais propostas para a cidade é formar polo tecnológico que beneficie empresas e agilize os serviços públicos. O anúncio foi realizado em entrevista ao RDtv. Segundo o verde, São Caetano está se tornando desinteressante para algumas companhias; para frear a debandada para outros lugares, ele acredita que é necessário oferecer diferenciais tecnológicos.
“Primeiro o pessoal fala de Saúde e Educação, todo mundo tem proposta, eu também tenho a minha. O que eu acho? Eu brigo muito pela informatização, falo muito de TI (Tecnologia da Informação)”, diz. O candidato afirma que há conversas informais de que algumas empresas de São Caetano podem ir embora para Mauá. “As grandes empresas querem tecnologia, precisam de sinal, precisam trabalhar. São Caetano teria que ter um backbone, uma infovia […] Em São Caetano você poderia ter o que? Uma intranet, os sinais com 15 km²; a tecnologia hoje existe”, pontua.
Vadinho relembra que quando o governo era liderado por Luiz Olinto Tortorello, o então prefeito comentou com ele que queria que “todas as empresas com três andares tivessem câmera”. Porém, até os dias de hoje ainda não existe um local para recepção e análise das imagens. “Então eu falei assim (para Tortorello): ‘Tudo bem, eu tenho minha imagem, eu gero minha imagem, mas eu mando pra onde o sinal? ’. Então, a Prefeitura tem que ter um local pra que se mandem as imagens pra lá”, explica.
Para desburocratizar o atendimento dos cidadãos, Vadinho defende que haja um cartão com os dados da pessoa, para que ela não precise fazer diversos cadastros para utilizar serviços públicos, desde o atendimento médico até pleito de bolsas de estudo. “Então se você tem um cartão só, único, você tem um datacenter. […] Tá tudo no chip e armazenado no datacenter. […] Então eu posso monitorar, eu posso me tornar um prefeito high-tech. Tudo na ponta”, afirma.
Questionado se o orçamento da cidade comportaria o investimento nas ações de tecnologia proposta por ele, o candidato diz que a Prefeitura não iria arcar com nenhum valor. “Sabe qual é o investimento? Zero. Porque todas as empresas, tecnologias embarcadas que existe nisso, tá todo mundo louco. […] Todo mundo quer colocar à disposição, porque eles precisam do case pra fazer o negócio funcionar para aí eles venderem pra outra cidade. Eu tenho todo mundo, e o custo é zero”.
Com relação ao que a população espera da eleição a ser realizada no dia 2 de outubro, Vadinho acredita que o povo está mais politizado. “Falam: ‘Olha eu quero mudar, quero fazer isso’. Agora vamos ver se eles vão fazer isso mesmo. […] Agora eu tomei atitude, agora quem tem que tomar atitude é o eleitor na hora de votar. Chegou uma hora em que o pessoal tem que participar”, diz.
Vadinho, comerciante no segmento de produtos esportivos, disputou cargo eletivo pela primeira vez, em 1988 pelo PST – antigo PTB. Foi eleito vereador suplente em 1992; chegou a assumir a cadeira como suplente no lugar de José Carlos de Lira e Dr. Jayme Tavares.