Minas Gerais quita consignados atrasados

Depois de quase um mês de atraso, o Estado de Minas Gerais quitou ontem os repasses de operações de crédito consignado tomadas por seus servidores. Com o caso de Minas solucionado, a única situação emblemática para os bancos no caso do crédito consignado é o Rio de Janeiro. O valor em atraso passa dos R$ 500 milhões e nenhum pagamento foi feito até o momento.

No Rio, os bancos mais atingidos são o Bradesco, que detém a folha de pagamento, além do Itaú, que deteve a folha antes. Outros bancos, como Santander e Banco do Brasil, também estariam sendo afetados, mas em menor proporção.

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“O problema continua no Rio. Os administradores deverão responder judicialmente por apropriação indébita. O convênio está suspenso pelos bancos. Quem se prejudica é o funcionário”, diz uma fonte.

Procurada, a Secretaria de Estado de Fazenda do Rio de Janeiro confirmou que o montante das parcelas em atraso estaria próximo dos R$ 500 milhões e que o pagamento do débito é “prioridade” e está “ocorrendo estritamente de acordo com o combinado com as instituições financeiras”. “Só há parcelas atrasadas de março e abril, por conta dos arrestos e já estão sendo, como dito, regularizados”, destacou a pasta.

De acordo com a Secretaria, o atraso do repasse desses meses ocorreu por causa dos arrestos no caixa do Estado, que ultrapassaram R$ 790 milhões somente em abril. Lembra, contudo, que imediatamente reuniu os bancos e informou uma previsão de pagamentos dessas parcelas, que já estão sendo efetuados.

Em Minas, os bancos com maior exposição, segundo fontes, eram BBl, Itaú Unibanco, por meio da joint venture que tem com o BMG, e o Bradesco, além de instituições de porte menor. Juntos, eles receberam, mais de R$ 100 milhões referentes a agosto.

A Secretaria da Fazenda de Minas Gerais confirmou que houve atraso nos repasses dos empréstimos consignados, mas disse que os pagamentos já estão em dia. “Atualmente, não há mais atraso, tendo em vista que os repasses aos bancos devem ser feitos no 12º dia útil de cada mês”, diz a Secretaria.

Procurados, os bancos preferiram não comentar o assunto.

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