Após quatro mandatos seguidos como vereador de Mauá, Rogério Santana (Rede) tenta pela primeira vez neste ano conquistar o comando da Prefeitura. Secretário de Serviços Urbanos do governo Donisete Braga (PT) durante dois anos e 10 meses, ele diz que a atual gestão não conseguiu ser eficiente e promete exercer uma “nova forma de fazer política” – bandeira levantada pelos candidatos do partido da ex-senadora Marina Silva.
“O governo se perdeu muito nos guetos das relações partidárias e do corporativismo e não conseguiu ser um gestor eficiente e moderno. O resultado não foi bom, a população sabe bem do que estou falando e precisamos agora superá-lo”, afirma Santana.
O vereador diz que fez o que “deveria ser feito” enquanto foi secretário de Serviços Urbanos por uma “questão de lealdade partidária e compromisso de campanha” e citou ações como o Cidade Limpa, Ilumina Mauá e Recicla Mauá. “Foram projetos que saíram de nossa secretaria e que qualificaram bastante o governo do Donisete, mas o governo não soube reconhecer os quadros e suas forças no sentido de fazer uma gestão moderna, arrojada e transformadora”, avalia.
Rogério deixou o PT e o governo Donisete em outubro do ano passado. Foi eleito presidente da Câmara de Mauá em 2009 e se licenciou da Câmara em 2013 para assumir a secretaria de Serviços Urbanos da atual gestão.
O candidato reconhece que tem uma estrutura de campanha modesta em relação a alguns dos seus adversários, mas avalia que isso não significa necessariamente que os concorrentes ficarão em vantagem.
“Quem tem muita estrutura, muito carro de som, bandeira, muita coisa também não se comunica. Não é um carro de som ou bandeiras que vão transmitir uma mensagem de conteúdo programático”, afirma o parlamentar. “Mas você também tem que lutar também contra isso pra poder aparecer e acredito que temos tido uma boa aceitação. Queremos fazer uma campanha mais simples, modesta mas com muita discussão de conteúdo”.
Menos comissionados e secretarias
Rogério Santana promete enxugar a máquina caso vire prefeito de Mauá. A gente pretende eliminar um conjunto de secretarias que são 23 botar pra 16, enxugar. Reduzir os cargos de comissão, valorizar o servidor público de carreira, criar um plano de meta com eles”, afirma o candidato. “Com menos gente funciona melhor porque na verdade você não tem menos gente. Só com os cargos de carreira já são bastante. Valorizar quem é de carreira, acabar com a tradição de absorver um grande contingente de comissionados, criar secretarias para emparelhamento”.