Por austeridade, Morando promete cortar dez secretarias

“Os governantes terão que lidar com algo que o Poder Público ainda não está preparado para lidar que é a austeridade, responsabilidade e choque de gestão”, é assim que o deputado estadual e pré-candidato a prefeito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB), começou a sua fala sobre os cortes que pretende fazer na Prefeitura, caso seja eleito. Em entrevista ao RDtv, o tucano também fez críticas a atual gestão, principalmente em torno das obras na cidade e confirmou que sua prioridade é terminar aquilo que foi iniciado na administração do prefeito Luiz Marinho (PT).

Com a crise econômica que assola o país, Morando não acredita em um grande crescimento nos próximos anos, fato que considera como o início de um governo com austeridade, assim tentando gerar uma grande economia. O seu principal alvo será o número de pastas e o número de comissionados no Poder Executivo.

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“O que nós temos que fazer é cortar o desperdício e a máquina pública infelizmente se sente gorda e irresponsável. Países muito mais ricos do que o nosso já aprenderam que algumas coisas já entraram em desuso, precisamos enxugar a máquina começando com os cargos comissionados, o meu compromisso público assumido é diminuir violentamente. O Marinho pegou a cidade com 15 Secretarias e hoje temos 26, nós vamos pelo menos enxugar dez secretarias e na mesma proporção diminuir os cargos comissionados”, explicou.

Tucano afirma que vai transformar Museu do Trabalhador em Fábrica de Cultura (Foto: Reprodução)
Tucano afirma que vai transformar Museu do Trabalhador em Fábrica de Cultura (Foto: Reprodução)

O pré-candidato também afirmou que vem conversando com funcionários públicos e que vem afirmando que não será possível um aumento real para o funcionalismo devido a falta de recursos com a baixa arrecadação.

“Eu tenho me reunido com servidores públicos e tenho dito a eles que todos aqueles que prometerem aumento real de salário ou novos investimentos, tem que mostrar da onde vai tirar, porque não vai ter dinheiro novo. Não adianta acreditar que em 2017 vamos ter um PIB crescendo 2% ou 3%, não terá e não acredito nisso nem para 2018”, disse Morando.

Além dos cortes na máquina pública, outra atitude austera que o tucano pretende fazer, caso seja eleito, será a criação de um sistema para controlar a gestão na educação e saúde, assim evitando determinados desperdícios, principalmente no cuidado com os equipamentos. Orlando Morando pretende colocar funcionários que tenham a missão de serem “síndicos”, assim cuidando exclusivamente da gestão administrativa dos locais.

Obras

Morando afirma que apesar de ser um pré-candidato de oposição, continuará as obras iniciadas na gestão de Luiz Marinho, mas fez críticas a muitas delas. “São muitos programas importantes que eles começaram e não vão concluir. Não vão concluir o corredor Leste-Oeste de ônibus, não vão, concluir a Pery Roncheetti, não vão concluir o Drenar, não vão concluir o Museu do Trabalhador, aliás no meu plano de governo ali será uma Fábrica de Cultura, não será um Museu do Trabalhador, pois na minha convicção se você quer homenagear o trabalhador, dê uma oportunidade ao filho dele, dê uma oportunidade para aprender em uma aula de música, de teatro, de capoeira, de tudo que pode envolver a cultura do nosso país”, afirmou.

Saúde

Sobre a saúde, o tucano ressaltou que houve avanços na área em relação aos equipamentos construídos, mas considera que a baixa porcentagem de atendimento causa falha no sistema. “Eu reconheço que houve avanços em edificações, até porque nós ajudamos através do Governo do Estado e eu advoguei, ajudando com R$ 40 milhões para que fosse para o Hospital de Clínicas, só que o Hospital só está com 20% de sua capacidade de atendimento, o restante do Hospital não atende. As UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) não tem eficácia, então nós temos que colocar gente atendendo gente, pois parede não atende gente e essa é pura realidade”, concluiu.

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