A convenção do PRB, em Diadema, que oficializou a pré-candidatura do vereador Vaguinho (PRB) a prefeito, nessa sexta-feira (29), foi marcada por uma série de críticas feitas a atual gestão e ao atual chefe do Paço, Lauro Michels (PV). Ex-aliados do verde não pouparam palavras para falar sobre o Poder Executivo, relembrando uma série de fatos que os fizeram deixar a sustentação do governo diademense. O republicano tentou colocar a todo o momento que disputa seria entre “o candidato que veio da periferia” contra o “playboy”.
As críticas começaram com a vereadora e pré-candidata a vice-prefeita, Cida Ferreira (PMDB), que indagou as 600 pessoas que acompanharam o ato sobre as mais diversas áreas da Prefeitura, sempre recebendo respostas negativas. “Estou vendo na cidade que temos problemas iguais aos de 40 anos atrás, quando passei a morar por aqui. Não podemos admitir que um governo chegue nesse ponto e não fazer nada. Precisamos fazer uma mudança radical”, afirmou a peemedebista.
Na sequência, o Ministro do Desenvolvimento, Industria e Comércio, e presidente licenciado do PRB, Marcos Pereira, colocou a disputa eleitoral de Diadema como uma luta de classes. “Temos certeza que será uma vitória do tostão contra o milhão. Uma vitória da política limpa contra aqueles que usam a máquina pública para se perpetuar no poder”, afirmou o republicano.
Mais enfático, o coordenador regional do PTB, Carlos Thadeu, fez críticas ao comportamento de Lauro Michels quando a vice-prefeita Silvana Guarnieri (ex-PTB e atual PSB) foi candidata a deputada federal sem o apoio do Governo. “Esse mocinho (Michels) desrespeitou as mulheres de Diadema, não consegue respeitar a própria mãe, não sabe desrespeitar a figura de uma mulher”, esbravejou o petebista.
Em 2014, Michels resolveu apoiar a candidatura do vereador Márcio da Farmácia (PV) que fechou o pleito com 40 mil votos, fato que foi usado como um dos pontos para que o legislador fosse oficializado como pré-candidato a vice na chapa que tentará a reeleição na cidade. A falta de apoio a Silvana fez com que o PTB rompesse politicamente com o atual governo.
Último a discursar, Vaguinho passou boa parte dos 16 minutos de fala fazendo críticas a atual gestão e também ao PT. “Não estou aqui, porque a minha família é tradicional. Não estou aqui, porque meu partido tem diversas prefeituras no Brasil. A militância que está aqui não é aquela que é paga, temos propostas. Tomaram conta da nossa cidade por 30 anos e agora tem um novo projeto falido, que acabou com a nossa cidade, que vai a público com arrogância e menosprezando as outras candidaturas”, disse o republicano em referência a fala de Michels que considera que o PT “é o único adversário”.
“(O atual governo) diminuiu o tempo das creches, ainda não entregou os uniformes. Sabem por que isso acontece? Porque o playboy nunca usou uma escola municipal. Porque ele não sabe do valor que tem um uniforme, da dignidade que isso dá a uma criança”, esbravejou o pré-candidato.
Apoio
A assessoria do vereador e também pré-candidato ao comando do Paço, Maninho (PT), emitiu uma nota na tarde dessa sexta-feira (29), afirmando que iriam se reunir com membros do PMB e PTB para debater o apoio ao petista. Questionado sobre o assunto, o presidente municipal do PTB, Edivaldo Lubeck, negou qualquer conversa.
“Não sabia de nada, já estamos fechados com o Vaguinho, não tem como voltar atrás. Não entendi essa reunião”, afirmou o petebista. Além do PTB, PMDB, PTN, PSC, PR e Solidariedade estão no arco de alianças de Vaguinho.