São Paulo paga o preço por escalar reservas e perde para a Ponte em Campinas

O São Paulo elegeu uma prioridade e pagou o preço de colocar o Campeonato Brasileiro em segundo plano. Com quase todos os titulares concentrados para o primeiro jogo da semifinal da Libertadores, contra o Atlético Nacional, quarta-feira, no Morumbi, o time entrou em campo neste domingo com uma formação alternativa, perdeu um jogador expulso em lance polêmico logo aos sete minutos e foi superado pela Ponte Preta por 1 a 0, no estádio Moisés Lucarelli, em Campinas.

O resultado fez o time do técnico Edgardo Bauza perder uma posição na tabela de classificação. Com 18 pontos, o time tricolor foi ultrapassado pela própria Ponte Preta e agora ocupa o décimo lugar. A equipe campineira está na oitava colocação, com 20. O Atlético-MG está em nono, com 19, mas ainda joga neste domingo.

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As equipes ainda procuravam o melhor posicionamento em campo quando o árbitro Vinícius Furlan ganhou os holofotes. Matheus Reis cometeu falta dura em Matheus Jesus. A princípio, Furlan aplicou apenas o cartão amarelo. Pouco depois, ele impediu a cobrança da falta, correu para observar o jogador da Ponte Preta que estava sendo atendido, e ao ver que o local atingido estava sangrando, voltou atrás, mostrando o vermelho diretamente.

A mudança de decisão fez com que o árbitro fosse rapidamente cercado pelos são-paulinos, indignados, cobrando explicações. Lugano, capitão da equipe, era o primeiro da fila. Bauza ficou inconformado e invadiu o campo para reclamar e também foi expulso. Apesar disso, o argentino ainda continuou mais sete minutos orientando (e reclamando), até que decidiu ir para o vestiário, interrompendo o jogo, já que fez isso pelo meio do gramado.

Antes de sair de cena, Bauza recompôs o setor defensivo. O escolhido para deixar o campo foi o jovem Luiz Araújo, que não conseguiu aproveitar a chance concedida aos reservas. Carlinhos entrou para ocupar o lado esquerdo da defesa.

Eduardo Batista também trocou uma peça. Matheus Jesus, que havia recebido um cartão amarelo pouco depois da jogada da expulsão com o xará são-paulino, foi substituído por Ravanelli para não receber o vermelho. Apesar da vantagem numérica, a Ponte Preta não conseguia sufocar o São Paulo. A dificuldade em penetrar na defesa gerava apenas chutes de longa distância, facilitando o trabalho do goleiro Denis.

O São Paulo especulava no contra-ataque. E foi assim que criou o lance mais perigoso do primeiro tempo, aos 35 minutos. Alan Kardec recebeu bola de Caramelo em cobrança de lateral pelo lado direito, ganhou da defesa e acertou o travessão com um chute de pé direito.

A Ponte Preta voltou para o segundo tempo disposta a aproveitar o fato de ter um jogador a mais. Antes do primeiro minuto, Renê Júnior arriscou de longe e quase surpreendeu Denis. A pressão seguiu até que, aos 12 minutos, o time de Campinas abriu o placar. Reinaldo tocou para Wellington Paulista na área, o atacante chutou e Clayson aproveitou o rebote do goleiro do São Paulo.

O gol fez o time da Ponte Preta diminuir o ímpeto. O esforço havia sido recompensado. O São Paulo não esboçava reação. A falta de entrosamento e, claro, a desvantagem numérica por causa da expulsão, pesaram. Quase no fim, Bauza colocou em prática o objetivo de colocar Calleri em campo para dar ritmo de jogo ao argentino para a Libertadores. A cabeça estava no jogo de quarta-feira desde o começo do confronto em Campinas.

Após a vitória deste domingo, a Ponte Preta voltará a campo pelo Brasileirão no próximo sábado, novamente em casa, às 21 horas, contra o Sport.

FICHA TÉCNICA

PONTE PRETA 1 X 0 SÃO PAULO

PONTE PRETA – João Carlos; Jeferson; Douglas Grolli, Fábio Ferreira e Reinaldo; João Vitor, Renê Junior (Thiago Galhardo), Matheus Jesus (Ravanelli) e Clayson; Wellington Paulista e William Pottker (Roger). Técnico: Eduardo Batista.

SÃO PAULO – Denis; Caramelo (Calleri), Lugano, Lyanco e Matheus Reis; Artur e Wesley; Cueva; Centurión (Ytalo) e Luiz Araújo (Carlinhos); Alan Kardec. Técnico: Edgardo Bauza.

GOL – Clayson, aos 12 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO – Vinicius Furlan (SP).

CARTÕES AMARELOS – Matheus Jesus, Fábio Ferreira, Renê Júnior e Wesley.

CARTÃO VERMELHO – Matheus Reis.

PÚBLICO – 5.551 pagantes.

RENDA – R$ 116.870,00.

LOCAL – Estádio Moisés Lucarelli, em Campinas (SP).

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