Oito horas, esse foi o tempo entre a chegada do projeto de lei que autoriza a contratação de 367 professores para a rede de ensino de Diadema e a sua aprovação, em primeiro turno, na sessão da Câmara nessa quinta-feira (30). Oposicionistas reclamaram da falta de planejamento do Executivo para enviar um projeto em cima da hora. Segunda votação acontece no próximo sábado (2).
As reclamações começaram às 10h, quando chegou a propositura ao Legislativo e houve a comunicação nos bastidores. O presidente da Casa, José Dourado (PSDB), e o vereador e ex-secretário de Educação, Marcos Michels (PSB), persuadiram os vereadores para votar a proposta rapidamente para que houvesse tempo para o chamamento.
O projeto foi aprovado por unanimidade
Mesmo com o posicionamento positivo, vereadores de oposição fizeram duras críticas. “Um Governo que fala sobre organização, planejamento e ação, demonstrou uma falta tremenda de organização ao mandar um projeto desses só agora. Não podemos admitir isso. Isso já aconteceu na semana passada”, falou José Antônio da Silva, o Zé Antônio (PT), relembrando a votação para a contratação de merendeiras e que passou por um processo parecido.
“A falta de planejamento é gritante. Temos muitos compromissos com a população e agora temos que desmarcar alguns para votar algo que poderia ter vindo a muito tempo. Não dá para concordar com isso”, afirmou Ronaldo Lacerda (PT). “Eu concordo, é muito ruim votar um projeto sem muito tempo para estudar, mas agradeço aos vereadores pela compreensão”, disse Dourado, único governista que se pronunciou sobre o assunto.
A segunda votação ocorre no próximo sábado (2), às 14 horas. A expectativa é que a publicação aconteça logo no domingo (3), assim dando tempo para que a chamada dos profissionais seja feito na semana que vem. A chegada de “última hora” do projeto foi para conseguir atender a lei eleitoral que impede a aprovação de matérias como essa após o dia 2 de julho. A Câmara de Diadema ainda tem mais duas sessões até o recesso.
Custos
Os 367 cargos estão divididos em três categorias: Professor de Educação Básica I (233 cargos) com 31 horas semanais; Professor de Educação Básica II (98 cargos) com 20 horas semanais; e Professor de Educação Básica Especial (36 cargos) com 25 horas semanais. O impacto total nos próximos 12 meses será de R$ 20.357.952.
A primeira informação é de que 89 profissionais serão chamados já na próxima semana. As profissionais passaram em concursos passados e o prazo para o chamamento acabava no dia 5 de julho. Mais 30% dos profissionais devem ser alocados na rede de ensino até o final do ano. Não existe a expectativa de data para que todos os cargos sejam ocupados.