Mesmo com uma sessão mais longa do que o de costume, a Mesa Diretora da Câmara de Mauá não conseguiu acertar os cinco nomes que vão fazer parte da comissão que analisará a suspeita de assédio moral e sexual por parte do vereador Manoel Lopes (DEM). A decisão que sairia nessa terça-feira (21), ficará para está quarta-feira (22).
Segundo o presidente da Câmara, Marcelo Oliveira (PT), a decisão não foi tomada durante a sessão ordinária da Casa, pois havia uma série de outros projetos para serem apreciados. “Têm muitos projetos do Executivo e dos vereadores. Eu queria limpar a pauta hoje, mas não deu. Tentei resolver isso hoje, mas não faço parte sozinho da Mesa Diretora”, explicou.
Durante duas horas os vereadores ficaram reunidos na sala ao lado. Segundo Oliveira, em nenhum momento foi falado sobre a sindicância contra o democrata. Porém, foi feito um pacto entre os vereadores que o assunto só seria abordado pelos membros da Mesa Diretora, assim os demais vereadores se esquivavam de qualquer pergunta sobre o tema.
Marcelo Oliveira não deixou claro se a decisão de formar a comissão com três funcionários efetivos e dois comissionados será mantida. “Essa decisão pode mudar, vamos esperar a reunião”. Manifestantes foram até a Câmara para pedir o anúncio do grupo, porém com a negativa do presidente do Legislativo, uma série de críticas foram feitas nas galerias.
Durante toda a sessão, Manoel Lopes articulava com os colegas e conversava com familiares. Visivelmente nervoso, o democrata chegou a questionar um fotografo que cobria a sessão sobre o fato de tentar tirar uma foto sua. Lopes manteve o silêncio sobre o assunto. O vereador considera que se falar algo pode prejudicar a sua situação no processo que corre em segredo de justiça no Fórum de Mauá.
LDO
Sem emendas, a Câmara aprovou por 18 votos contra quatro, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) 2017. A proposta do Executivo prevê um orçamento de R$ 1,169 bilhão para o próximo ano. Agora os parlamentares esperam a chegada da Lei Orçamentária Anual (LOA) que definirá qual será o orçamento para o primeiro ano da nova gestão. O projeto chega a Casa em setembro e será votado até o final do ano.