A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) divulgou, nesta quinta-feira (16), que o comércio eletrônico paulista registrou faturamento real de R$ 3,6 bilhões no primeiro trimestre de 2016, recuo de 7,4% na comparação com o mesmo período de 2015. Em 12 meses, o setor acumula queda de 2,7%. Mesmo diante do recuo, Leandro Reale Perez, consultor do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) de Santo André, afirma que, nos últimos dois anos, a busca por informações sobre como montar uma loja virtual cresceu bastante.
É estimado que em 2016 o e-commerce aumente 18% em relação ao ano passado, quando a marca foi de R$ 56,8 bilhões, segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm). “A loja virtual é uma alternativa de negócio que não tem custos como aluguel de espaço e muitos funcionários. Como é algo de baixo investimento inicial, fica mais fácil para o empresário arriscar”, diz.
Para Camila Obst, proprietária da loja de produtos orgânicos de Santo André Tutto Natural, o e-commerce incrementou o faturamento de seu negócio, que possui loja física. Hoje, o site, criado há três meses, representa 10% do movimento. “Queremos que o e-commerce supere as vendas da loja em 2017”, conta.
A empresaria diz que há pedidos de entrega de produtos na Capital, mas que ela só faz entrega no ABC, pelo menos até organizar o estoque. “Não adianta correr e sair vendendo se não tiver planejamento correto. Queremos atender bem os clientes do nosso site”, disse.
Andréa Salvaia Fonseca possui duas lojas físicas da Joaninha Brasil, que vende moda praia. A unidade de Santo André tem mais de 12 anos, a outra está em São Bernardo. “Tivemos loja virtual em 2008, mas o mercado era muito novo e não deu certo. Não tínhamos ideia de gestão”, diz. Foi somente no final de 2015 que ela resolveu abrir outro site. Atualmente a plataforma equivale a quase 5% das vendas da empresa.