A região do Grande ABC se manteve com o quinto maior potencial de consumo do país, segundo pesquisa do IPC Marketing. O fato pode ser usado como justificativa para que os gestores públicos “aproveitem” o potencial do volume econômico dos sete municípios, segundo o economista e professor da Universidade Metodista, Sandro Maskio, em entrevista exclusiva ao RD.
A região está atrás de quatro capitais: São Paulo (SP); Rio de Janeiro (RJ); Brasília (DF); e Belo Horizonte (MG). E está na frente de outras capitais como Salvador (BA), Curitiba (PR), Porto Alegre (RS), Fortaleza (CE) e Manaus (AM). Segundo o instituto, o valor potencial do ABC está em R$ 66,9 bilhões.
“O ABC continua sendo um polo importante no ponto de vista econômico. Você só é um polo de consumo representativo grande quando a sua economia movimenta muito a renda. Se a sua economia não movimentar uma renda, o índice de consumo é pequeno. O ABC é o quinto maior polo de consumo do Brasil e com certeza é um dos maiores da América Latina, inclusive incluindo algumas capitais de outros países”, explicou Maskio.
Para o economista, é preciso “cuidado” aos gestores públicos para pensar no aproveitamento deste potencial. “O que precisamos, talvez, é tomar cuidado pensando principalmente no ponto de vista da gestão pública, mas não somente a gestão pública local, talvez da gestão pública federal e estadual, que olhem para o ABC e tentem aproveitar mais esse potencial de volume econômico, inclusive de investimento, de mecanismos de atração de novos segmentos industriais, novos segmentos tecnológicos para que se aproveite esse volume que existe no Grande ABC”, concluiu.
Queda
Apesar dos sete municípios juntos conseguirem manter a quinta colocação no ranking, separadamente cinco destas cidades apresentaram queda na lista das cidades com maior potencial de consumo. São Bernardo caiu de 15ª para 18ª colocação com R$ 19,1 bilhões. Na sequência vem Santo André que caiu uma colocação em relação ao no passado (19º) com R$ 19 bilhões.
São Caetano caiu de 96ª para 104ª colocação com R$ 5,5 bilhões. Ribeirão Pires caiu de 220º para 233º lugar com R$ 2,5 bilhões e Rio Grande da Serra caiu de 586º no ranking nacional para 601º com 87 milhões.
Diadema e Mauá apresentaram uma leve melhora. Mauá subiu três colocações, de 51ª para 48ª com R$ 10,7 bilhões. Diadema subiu uma posição, de 56ª para 55ª com um potencial de consumo de R$ 9 bilhões.