Professores estaduais entram em greve por tempo indeterminado no RS

Em assembleia geral realizada na tarde desta sexta-feira, 13, os professores da rede estadual de ensino do Rio Grande do Sul decidiram iniciar uma greve da categoria. A paralisação começa na segunda-feira, 16, e será por tempo indeterminado. O sindicato da classe, o CPERS, elaborou uma pauta de reivindicações que inclui aumento salarial imediato de 13,01%, referente a 2015, e mais 11,36%, referente a este ano.

Os professores também pedem que seja incluída previsão de reajuste salarial na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2017. Mas o governo estadual já encaminhou para a Assembleia Legislativa a proposta que mantém o congelamento de salários do funcionalismo público para o ano que vem, nos mesmos moldes do que ocorre este ano.

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Além de exigir aumento, a categoria critica o descumprimento do piso nacional do magistério e o parcelamento de salários que atinge o funcionalismo público ligado ao poder Executivo gaúcho. Em meio a uma crise fiscal que tem se agravado com o desaquecimento da economia, o governo do Rio Grande do Sul vem parcelando vencimentos desde ano passado. Em 2016, os servidores vinculados ao Executivo só receberam em dia no mês de janeiro.

De acordo com o governador, José Ivo Sartori (PMDB), a administração estadual tem feito o possível para priorizar os salários, mas o parcelamento se tornou inevitável com o baixo desempenho da arrecadação.

Após a realização da assembleia na capital gaúcha, os professores seguiram para o Palácio Piratini para apresentar as reivindicações ao governo. No local, conseguiram marcar uma reunião para terça-feira entre o comando da greve e o secretário-adjunto de Educação, Luís Antônio Alcoba de Freitas – o titular da pasta, Vieira da Cunha, está em férias.

Ocupação

Cinco escolas estaduais estão ocupadas por alunos no RS. São quatro na capital e uma na cidade de Rio Grande, localizada no sul do Estado. Os estudantes reivindicam melhorias como reformas nos prédios e aumento da verba para merenda, além de cobrarem que os salários dos professores não sejam mais parcelados.

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