Eleitores punem Partido Trabalhista na Escócia, mas sigla pode vencer em Londres

Os eleitores da Escócia castigaram o Partido Trabalhista, segundo os primeiros resultados divulgados nesta sexta-feira, depois das eleições regionais e locais celebradas na quinta-feira. A votação mostrou diferenças no ânimo da população do Reino Unido.

A disputa eleitoral mostrou a complexidade da política no Reino Unido, onde em 23 de junho os eleitores decidirão se desejam ou não seguir na União Europeia. A força do líder trabalhista, Jeremy Corbyn, é submetida a um importante teste, nas primeiras eleições nacionais desde sua chegada ao posto.

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A disputa mais acompanhada é a da prefeitura de Londres, que pode colocar um muçulmano no comando da capital pela primeira vez. O legislador trabalhista Sadiq Khan, de 45 anos, é o favorito para substituir o conservador Boris Johnson, após uma campanha marcada por comentários contra os Estados Unidos e acusações de extremismo e alarmismo. O candidato conservador, o ambientalista Zac Goldsmith, descreveu Kan como “perigoso” e acusou o rival de oferecer plataformas “e inclusive cobertura” a extremistas islâmicos.

O triunfo de Khan pode ser uma alegria em uma jornada possivelmente difícil para os trabalhistas. A sigla aparece em terceiro na Escócia, onde já foi a maior força. O Partido Conservador liderará a oposição ali, um feito sem precedentes. O independentista Partido Nacional Escocês (SNP, na sigla em inglês) assegurou um terceiro governo, ainda que tenha ficado a apenas duas cadeiras de conseguir a maioria.

Mesmo que a derrota do Partido Trabalhista na Escócia tenha sido humilhante, a sigla temia um resultado ainda pior. O partido manteve as prefeituras de importantes cidades inglesas, como Birmingham, Newcastle-upon-Tyne e Sunderland.

Em Gales, uma região tradicionalmente favorável à Europa, o Partido pela Independência da Grã-Bretanha, contrário à imigração, ocupará ao menos seis cadeiras no Parlamento.

Analista do King College London, Andrew Blick disse que os resultados eleitorais ressaltam o quão difícil deve ser a campanha para a votação popular que decidirá se o Reino Unido fica ou deixa a União Europeia. Fonte: Associated Press.

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