O jornal SBT Brasil, que denunciou em janeiro deste ano a existência de funcionários fantasmas na prefeitura de São Caetano, voltou a dedicar reportagem especial para a cidade. Desta vez, a denúncia é que a administração estaria comprando medicamentos para a rede pública com preços acima do normal. Para ilustrar o problema, o jornal faz comparativo com a cidade de Atibaia, no interior paulista.
Preços
O Clonazepam em gotas, por exemplo, custou aos cofres de São Caetano R$ 3,80, enquanto em Atibaia o valor pago foi de R$ 1,35. Cada par de luvas cirúrgicas custou R$ 1,50 em São Caetano e R$ 0,70 na cidade do interior. O comprimido de Carvedilon saiu por R$ 0,39 no município do ABC e R$ 0,07 em Atibaia.
Para o lixo
A reportagem também mostrou que munícipes têm enfrentado dificuldades para ter acesso a parte dos medicamentos, como Loratadina e Omeprazol. Segundo a matéria, 1 milhão de comprimidos de Omeprazol foram parar no lixo em janeiro porque venceram.
Outro lado
A Prefeitura se manifestou dizendo que os preços estão muito abaixo da tabela de referência divulgada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Quanto à comparação com Atibaia, o governo Paulo Pinheiro (PMDB) justificou dizendo que a cidade do interior fez volume de compras seis vezes maior, o que permitiu que o município pagasse um valor reduzido. A reportagem cita, no entanto, exemplo do cloreto de sódio. Atibaia comprou 10 mil unidades por R$ 1,74 e São Caetano comprou 100.092 por R$ 3,10.
ALESP ocupada
O deputado estadual Luiz Fernando Teixeira (PT) defendeu os estudantes que ocuparam o plenário da Assembleia Legislativa nesta terça-feira (3).”Os estudantes entraram no plenário, não houve quebra de absolutamente nada. Uma tela de computador de fato quebrou, mas o empurra-empurra teve participação de seguranças da Casa. [Os alunos] não fizeram balbúrdia, é uma ocupação democrática para pressionar pela abertura da CPI da Merenda. A Casa não está abrindo e eles vieram pressionar. Qual o problema?”
Terrenos polêmicos
Ficou para a próxima terça-feira (10) a votação do projeto de lei que autoriza a Prefeitura de Santo André a vender nove terrenos públicos. A proposta foi adiada por duas sessões, mas o governo ainda não tem votos garantidos para conseguir aprovar a proposta. A possibilidade de o texto ser engavetado é grande.