A crise econômica somada a crise política causada pelo processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff (PT) pode atrapalhar um pouco os planos de São Caetano em relação aos atletas olímpicos. Para o prefeito Paulo Pinheiro (PMDB), dificilmente o Centro de Excelência Esportiva de Ginástica Artística ficará pronto a tempo de servir como base de treinamento para o principal atleta da cidade, Arthur Zanetti, antes dos Jogos que serão realizados no Rio de Janeiro a partir do dia 5 de agosto. A declaração foi concedida nesta segunda-feira (2).
“Eu acho que não vai dar tempo (de Zanetti treinar no Centro), pois em 100 dias eu acho que não vai dar tempo de construir”, afirmou o chefe do Palácio da Cerâmica que afirmou que o atual campeão olímpico nas argolas continuará treinando no atual centro de treinamento, assim continuando a sua preparação em busca do bicampeonato olímpico.
O Centro de Excelência está em construção, porém sofre com os atrasos em repassas, mesmo sendo prioridade para os Jogos Olímpicos. Orçado em R$ 7,8 milhões, sendo R$ 7,2 milhões de recursos do Governo Federal, o local receberia atletas da Ginástica Artística e também na Ginástica Rítmica.
Outros dois equipamentos esportivos da cidade também sofrem com os atrasos nos repasses. O primeiro é a reforma da pista de atletismo da equipe BM&F Bovespa, além a construção do alojamento de atletas com o valor de R$ 6,5 milhões. A intenção da Prefeitura era receber algumas delegações que fariam o período de adaptação ao país em São Caetano. Neste caso não existe plano B do Executivo. A reforma do estádio Anacleto Campanella também sofre com a situação econômica no Brasil, porém ambas também tem obras em andamento.
Promessas de campanha
Questionado sobre a quantidade de promessas de campanha que não cumprirá até o fim do mandato, Pinheiro considerou que faltou investimentos em moradia e também houve problemas em relação as mudanças realizadas na educação. O peemedebista relembrou que o fato aconteceu com a dívida herdada do governo de José Auricchio Júnior (PSDB) no valor de R$ 263,5 milhões.
“Quando assumimos tínhamos a esperança que de que as coisas estavam bem, mas com esse problema de não ter dinheiro para investir em prédios, só em serviços, o que sobrava nós investíamos em serviços que estão bem melhores. Faltou investimentos em moradia, sendo que isso nunca vai deixar de precisar. Também faltou as salas de aula, pois com a verticalização que houve no ensino, houve um aumento de procura por sala de aula, tanto para ensino infantil quanto para todo o ensino fundamental. São mais ou menos 30 mil pessoas novas na cidade o que requer uma demanda maior tanto na área de saúde quanto na área de educação”, explicou.
Paulo Pinheiro relatou que houve uma série de adaptações em escolas onde salas que recebiam serviços administrativos passaram a receber os alunos. Mesmo com as pequenas reformas, o Governo viu a necessidade da construção de novas unidades, sendo que uma Escola de Educação Infantil será inaugurada em agosto.