Uma das situações que chamaram a atenção durante a votação da aceitação do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff (PT) foi a justificativa usada pelos deputados federais em seus votos pró ou contra. Alex Manente (PPS) foi um daqueles que falou sobre família. “Tenho a honra de iniciar (a votação do) o Estado mais forte desse país (São Paulo). Em respeito a minha família e para honrar o futuro das minhas filhas para poder ter fé no nosso país. Estou aqui representando uma das maiores regiões do país que é o Grande ABC Paulista. Trago a bandeira da minha cidade, São Bernardo do Campo, e é pelo Brasil e por São Bernardo que voto sim”.
Contrário
Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho (PT) foi em um caminho contrário. “Eu não sou corrupto, eu não faço conchavo, não sou traidor da classe trabalhadora e nem sou oportunista. Em nome da família da classe operária, do meu povo negro, dos quilombolas, dos trabalhadores do campo e da cidade. Em nome da dignidade da presidenta Dilma, eu voto não”.
Único
O único prefeito do ABC que se pronunciou sobre o processo de impeachment contra Dilma Rousseff foi o chefe do Paço de São Bernardo, Luiz Marinho (PT). “Nada nem ninguém vai nos tirar o brilho dos olhos e o valor das nossas conquistas. A nossa luta não termina aqui”, afirmou o petista através de sua página no Facebook onde também publicou uma imagem de uma das manifestações pró-governo com uma frase do poeta chileno Pablo Neruda. “Podem cortar todas as flores, mas não podem deter a primavera”.
Orlando Morando (PSDB)
“Temos que comemorar. Hoje (ontem, 17), o Brasil deu um banho de democracia e mostrou que, é sim, possível mudar. Foi um dia histórico. Com 367 votos a favor, o congresso decidiu pela abertura do processo de Impeachment da Presidente Dilma. Agora, o caso será julgado pelo Senado. Crise, desemprego, inflação… do jeito que estava não dava mais para ficar. Estamos virando a página, juntos”, afirmou o deputado.
Luiz Fernando Teixeira (PT)
“Após o circo grotesco que assistimos ontem, fica muito claro que mais do que nunca precisamos nos posicionar, precisamos tomar as ruas, precisamos fazer barulho, nossas vozes precisam ecoar no Senado. Vamos de cabeça erguida, a luta continua”, falou o deputado estadual com um pequeno texto intitulado “Dia de ontem deixa uma mancha na história da democracia”.
Luiz Turco (PT)
O deputado estadual resolveu compartilhar uma declaração do ator Gregorio Duvivier. “Independente do resultado da votação, perdemos, porque quem votou foram os réus. Perdemos porque entregamos o país nas mãos do pior Congresso da história. Perdemos porque acreditamos numa desratização comandada pelos ratos”.
Ana do Carmo (PT)
“Lamento profundamente o resultado da votação na Câmara dos Deputados, ontem à noite em Brasília. Pessoas no mínimo duvidosas julgando a presidente Dilma, que não tem crime algum de responsabilidade. Se querem o poder, que o façam no voto, democraticamente. Em qualquer outra situação diferente, é golpe. E aos batedores de panela, não se iludam: quem pode assumir o controle do país está longe de ser qualquer modelo de honestidade”.
Barba (PT)
“Também estive entre os milhares de brasileiros que ontem saíram às ruas para defender a democracia. A farsa do golpe prosperou na Câmara dos Deputados causando um enorme prejuízo a nossa ainda jovem democracia. Mas não podemos nos abater, pois o processo segue para o Senado, e com a pressão popular, com os movimentos nas ruas, vamos fazer o voto de milhões de brasileiros que acreditam num Brasil mais justo e democrático. Não vai ter golpe, vai ter luta”.
Vanessa Damo (PMDB)
“Em nome do deputado Bruno Araújo, de Pernambuco – Estado de Lula – Parabenizo todos os 349 deputados que até o momento (Vanessa escreveu o texto antes do fim da votação) votaram pelo Impeachment de Dilma, reacendendo a esperança de dias melhores em todos nós, brasileiros. Tenho certeza de que o Brasil terá um presidente que unirá forças e resgatará a dignidade de nossa gente, Michel Temer. Deus abençoe nosso país”.
Não se pronunciou
Até o fechamento desta edição, Atila Jacomussi (PSB) foi o único deputado estadual da região que não se pronunciou sobre a votação do impeachmen