O Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano sinalizou nesta segunda-feira (28) que há risco concreto de que a General Motors demita funcionários na semana que vem, quando vence o prazo de layoff de 1.198 trabalhadores – prazo esse que já havia sido prorrogado por 30 dias. Se um acordo não for firmado até 7 de abril, pelo menos parte destes profissionais pode perder o emprego.
Representantes do sindicato e da montadora se reuniram nesta segunda, mas as negociações emperraram devido a propostas apresentadas pela GM que não foram aceitas pela entidade.
A General Motors não descartou a possibilidade de renovar mais uma vez o layoff, mas colocou como condições a redução do adicional noturno de 30% para 20% e também propôs retiradas de cláusulas que garantem direitos a metalúrgicos que sofreram acidente de trabalho ou adquiriram doenças relacionadas à profissão.
“A empresa continua insistindo na retirada da cláusula da doença profissional e acidente de trabalho. Hoje eu já avisei a empresa que não negocio mais essa cláusula. As negociações podem até terminar se a GM continuar insistindo nesse ponto”, afirma o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano, Aparecido Inácio da Silva, o Cidão.
Uma nova reunião entre GM e sindicato será realizada nesta quarta-feira (30) na tentativa de avançar nas negociações. A realização de greve está no radar como uma das ferramentas que podem ser utilizadas pelos metalúrgicos como forma de pressão.