Dois dias após rejeitarem a contraproposta do prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), um grupo de cerca de 200 funcionários públicos foi até a Câmara nesta quarta-feira (23), para manifestar a sua indignação perante a proposta da Prefeitura. O presidente do Sindicato da Categoria (Sindema), José Aparecido da Silva, o Neno, reafirmou que a categoria poderá entrar em greve se não houve negociação.
A contraproposta de 4,24% referente ao acordo realizado no ano passado fez com que a categoria fizesse uma paralisação nesta quarta. Os servidores se encontraram na sede do Sindema e de lá fizeram uma caminhada até a sede do Legislativo diademense. A Casa ficou lotada e os dirigentes aproveitaram a tribuna para passar um recado ao prefeito.
“Não temos condições de trabalho. A nossa condição de trabalho é a pior, uma das piores dos últimos anos e nós não vamos aceitar isso. Não ao retrocesso. Assim como nós não vamos aceitar o arrocho salarial em 2016 e em 2015, que está em pauta ainda. A nossa luta é incansável e vamos continuar com essa luta, inclusive passando pela questão salarial”, afirmou a diretora do Sindema, Roseli Aparecida de Souza.
“A proposta que foi apresentada aos trabalhadores públicos de Diadema foi muito cruel. 4,24% em duas vezes é apenas a restituição do que não foi pago no ano passado quando foi dado o calote. A Prefeitura tinha condição dar esse reajuste no ano passado e isso está na justiça. Foi lamentável esses 4,24%. Hoje, a categoria demonstra a responsabilidade. Caso não seja atendida a nossa proposta, vai ter greve, nós vamos parar. Com isso a responsabilidade vai ser do prefeito (Lauro Michels, PV)”, afirmou Neno.
Segundo o sindicalista, uma nova reunião com o Executivo foi marcada para o dia 30 de março. A reportagem o RD procurou a Prefeitura de Diadema para saber de seu posicionamento sobre a paralisação, mas até o fechamento desta edição não houve retorno por parte do Executivo.
O Sindema propõe um reajuste de 16% referentes à parte do acordo não cumprido no ano passado e a inflação de março a fevereiro de 2016. Também quer um reajuste no Vale Alimentação de R$ 31 por dia. Além do pagamento de abono compensatório a fim de restituir parte das perdas decorrentes de não pagamento do saldo remanescente de 2015.