O Sindicato dos Funcionários Públicos de Diadema (Sindema) rejeitou em assembleia realizada nessa segunda-feira (21), a primeira contraproposta feita pelo prefeito Lauro Michels (PV) e decidiram fazer uma paralisação no dia 23. O chefe do Executivo propôs ao funcionalismo a reposição da porcentagem do acordo de 2015 que não foi cumprido pela gestão. “Assim, o prefeito demonstra a sua opção entre valorizar o funcionalismo público e impor o arrocho salarial. Sua opção é ser Prefeito do Arrocho Salarial”, afirmou a entidade por meio de nota.
Segundo o oficio enviado pelo prefeito diademense ao Sindema a primeira contraproposta as reivindicações do funcionalismo tem três itens. O primeiro é de conceder o reajuste de 4,24%, parcelado em duas vezes nos meses de março e abril de 2016. Essa porcentagem é exatamente o que não foi cumprido no acordo do ano passado quando o reajuste seria de 7,89%.
O segundo item indicava os benefícios. “A PMD (Prefeitura Municipal de Diadema) se compromete reajustar os benefícios de 7,89%, referente ao acordo estabelecido em 2015, na qual também será parcelado em duas vezes, sendo nos meses de março e abril de 2016”.
Sobre os demais itens da pauta de reivindicação, a Prefeitura afirma que fechará o primeiro trimestre por volta do dia 10 de abril, e que na sequência, ocorreriam reuniões mensais em conjunto com o sindicado “para definir os percentuais a serem aplicados até o final do ano”.
Em nota oficial, o Sindema afirmou que fará uma paralisação durante o dia 23 de março. “A contraproposta não contempla o essencial das nossas reivindicações, já que propõe pagar apenas ‘o calote’ de 4,34% que nos deu o ano passado em duas parcelas e não apresenta nenhuma proposta para o reajuste da inflação de 2015 a 2016. O mesmo em relação aos benefícios do Vale Refeição e Vale Alimentação, paga o calote em duas vezes e para este ano”.
Propostas
O Sindema colocou como itens de sua campanha salarial a “imediata reposição salarial” de 16% referente ao saldo remanescente de 4,24% decorrentes do não cumprimento do acordo de 2016 somado com a inflação apurada pelo ICV Dieese de março de 2015 a fevereiro de 2016.
Também pedem o reajuste do vale refeição para R$ 31 por dia – mesmo valor pago aos funcionários da Câmara – e a ampliação dos benefícios para todos os servidores. Além do “imediato” reajuste do vale alimentação de R$ 245,48 para R$ 450 e o pagamento de dois vales para dois cargos.
O Sindema também reivindica o pagamento de abono compensatório a fim de restituir parte das perdas decorrentes de não pagamento do saldo remanescente de 4,24% do acordo de 2015.