A chegada da Polícia Federal a casa do ex-prefeito de Diadema, José de Filippi Jr. (PT) agitou por alguns momentos o centro da cidade nesta sexta-feira (4). Os policiais foram até o local para cumprir o mandado de condução coercitiva ao petista que foi levado a sede da PF em São Paulo para prestar esclarecimentos. Também houve um mandado de busca e apreensão no local. O fato fez com alguns moradores e funcionários comissionados da Prefeitura aparecessem em frente a residência onde tiraram uma série de fotos e também soltaram alguns fogos de artifício.
Esquecido
Apesar da repercussão interna, Filippi foi de certa forma “esquecido”. Isso aconteceu devido ao depoimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que também teve que prestar esclarecimentos por causa de um mandado de condução coercitiva. O ex-prefeito diademense foi chamado por ter sido tesoureiro das campanhas de Lula, em 2006, e da presidente Dilma Rousseff (PT), em 2010.
Outros tempos
Quem esperava algum tipo de posição do prefeito de Diadema, Lauro Michels (PT), sobre o assunto se enganou. O verde não fez suas já costumeiras críticas aos petistas, mesmo em um dia como esses. A princípio, Michels não tem o que dizer nesse momento, pois é investigado pelo Ministério Público por causa de suas férias em 2014, onde ao invés de empossar o então presidente da Câmara, Manoel Eduardo Marinho, o Maninho (PT), resolveu empossar um secretário como prefeito, algo não permitido pela lei.
Falando nisso
Muitos petistas aproveitaram o dia para chamar a atenção para o fato. A divulgação de textos e matérias sobre o assunto também chamaram a atenção nas redes sociais durante todo o dia. A questão que a princípio tinha caído no esquecimento, voltou a tona na última quinta-feira (3), após o vereador Josa Queiroz (PT), revelar a investigação do Ministério Público (MP).
Segura
Enquanto isso, em São Bernardo. O secretário de governo, José Albino (PT), teve que segurar a onda de alguns militantes que estavam na frente do prédio onde Lula mora. Enquanto o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Rafael Marques, dava entrevistas, alguns manifestantes gritavam palavras de ordem contra a imprensa, principalmente chamando de “facista”. Albino tentou por diversas vezes impedir os gritos para que o sindicalista pudesse falar com os repórteres. Depois de alguma insistência, conseguiu um certo silêncio.
Tenso
O clima de tensão era evidente em São Bernardo. Foram diversas discussões. Entre militantes pró-PT e contra. Entre os manifestantes dos dois lados e a polícia. E também entre os manifestantes dos dois lados e a imprensa, principalmente os veículos de televisão. Aos poucos, cada lado foi se dispersando ao final da tarde, assim trazendo tranquilidade ao local. Algo que não aconteceu pela manhã quando a equipe da Band acabou agredida.