A articulação em relação a votação do veto a emenda que proíbe a ideologia de gênero nas escolas de São Bernardo e que foi derrubado na Câmara causou uma mudança na base aliada. O vereador Gilberto França (PMDB) foi retirado do grupo que até está quarta-feira (2) era chamado de G9 e que agora denomina-se G8. Segundo os demais membros, o comportamento do peemedebista nos últimos meses foi crucial para a sua saída.
“Estamos tendo uma certa dificuldade na condução do trabalho em relação ao vereador Gilberto França. Depois dessa votação que tivemos hoje, nós nos reunimos e decidimos que ele não participa mais do G9, devido a condução dele”, explicou Mauro Miaguti (DEM) em nome do grupo. A articulação sobre o veto não foi a única questão que fez com que o grupo tomasse a decisão.
“Nós alinhamos um discurso na reunião e ele faz o contrário”, afirmou João Batista (PTB). “Ele não segue o que o grupo determina”, disse Fábio Landi (PSD). “Exemplo, nós combinamos que não vamos participar de uma reunião com o Governo e vai lá e participa. Ele concorda com o grupo e depois vai para o evento”, disse Miaguti.
Nos bastidores, a informação é que a celeuma começou com a série de funcionários do gabinete de Gilberto França que foram exonerados na Câmara para assumir algum posto no Executivo e esse fato fez com que muitos desconfiassem do comportamento do peemedebista em relação as votações do Executivo. Durante a análise do veto do prefeito Luiz Marinho (PT) sobre a ideologia de gênero, França se ausentou afirmando que estava “atendendo um munícipe”.
O vereador foi informado de sua saída do grupo pelos jornalistas presentes na Câmara. Demonstrando tranquilidade, Gilberto França se limitou a dizer que “mesmo fora do grupo, continuo vereador de São Bernardo”, resumiu. Nos bastidores, muitos já diziam que França não estava tão alinhado as propostas do então G9. Além de não ser tão incisivo sobre os posicionamentos do grupo que busca independência na relação com o governo.