Kiko: “Projeto de continuidade é temerário para Ribeirão Pires”

Pré-candidato a prefeito de Ribeirão Pires, Adler Kiko Teixeira (PSB) considera “temerária” a possibilidade de que Saulo Benevides (PMDB) seja reeleito para mais um mandato em outubro. Em entrevista ao RDtv, Kiko criticou as prioridades da atual administração e acusou o prefeito de promover investimentos mirabolantes, como o projeto do teleférico.

“Ribeirão Pires hoje tem diversos problemas estruturais na área da saúde, na área de infraestrutura, a cidade está mal cuidada. A gente vê as pessoas sendo maltratadas nas UPAs e o prefeito falando que vai construir um teleférico. Não está indo de encontro ao que a população quer. É um projeto mirabolante que dificilmente se executa e não é prioridade para a população”, afirma Kiko. “A população quer ser bem cuidada para depois pensar em coisas mirabolantes.”

Newsletter RD

Prefeito de Rio Grande da Serra por dois mandatos, entre 2005 e 2012, Kiko tem utilizado sua experiência à frente da cidade com menos recursos do ABC como trunfo para tentar virar prefeito de Ribeirão Pires. A estratégia é convencer o eleitorado com o seguinte argumento: quem fez muito com poucos recursos em Rio Grande poderá fazer muito mais em Ribeirão.

“Rio Grande da Serra tinha uma arrecadação de R$ 60 milhões quando fui prefeito, equivalente ao orçamento da Câmara de Santo André. Isso dificulta qualquer investimento. Nós verdadeiramente criamos projetos bons e conseguimos mudar a realidade de Rio Grande. Em Ribeirão Pires não será diferente. A gente já provou que é possível fazer muito com muito pouco”, diz Kiko, que conseguiu em 2012 fazer seu sucessor, Gabriel Maranhão (PSDB).

Meritocracia e contas

Uma das estratégias que os adversários de Kiko devem utilizar na eleição é tentar colar no ex-prefeito a pecha de “forasteiro”. Afinal, o pré-candidato construiu toda sua vida política em Rio Grande da Serra. Antes de ser prefeito, foi vereador por três mandatos e presidente da Câmara Municipal.

“Sempre tive muita proximidade com Ribeirão Pires. A minha vida como a minha vida pessoal sempre foi feita em Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, todo mundo sabe disso. Sou uma figura conhecida em ambas as cidades. O segundo ponto é que vou focar na meritocracia. Não vou debater com meus adversários há quanto tempo moro ou deixo de morar na cidade”, afirma Kiko, que está há mais de um ano residindo em Ribeirão, como exige a lei eleitoral. “O Neymar joga fora do Brasil. Alguém acha que ele não deveria jogar no exterior porque é brasileiro?”, questiona.

Na entrevista ao RDtv, Kiko explicou as circunstâncias que levaram o TCE (Tribunal de Contas do Estado) a rejeitar suas contas de 2004, quando foi presidente da Câmara de Rio Grande da Serra.

Passados 12 anos, o assunto ainda não se encerrou nem no campo jurídico, nem no campo político. Em dezembro do ano passado, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Facchin acatou recurso feito pelo ex-prefeito para anular o julgamento TCE que considerou irregulares as contas.

“Nossos adversários começaram mais uma vez dizer que eu não seria candidato. Essas contas, que não observaram a ampla defesa, foram caminhando até o STF. O ministro Fachin entendeu que nossos argumentos estavam corretos e anulou a decisão”. Recentemente, foi feito pedido de agravo a respeito da decisão de Fachin o que significa que o caso ainda não teve um ponto final no Judiciário.

Leia também:

Rosi de Marco: “População de Ribeirão Pires reclama de abandono”

Receba notícias do ABC diariamente em seu telefone.
Envie a mensagem “receber” via WhatsApp para o número 11 99927-5496.

Compartilhar nas redes