Setor de serviços é destaque negativo em recuperação judicial em 2015, diz Serasa

O número de pedidos de recuperação judicial saltou 55,4% em 2015 na comparação com 2014, e foi recorde nos três setores pesquisados, com destaque para o de serviços, segundo levantamento da Serasa Experian. Para a empresa, o aprofundamento da recessão, o encarecimento do crédito e a alta do dólar pressionaram a solvência das companhias brasileiras no ano passado e explicam o maior número da série, com início em 2005.

Do total de 1.287 pedidos feitos em 2015, 1.044 foram deferidos pela Justiça, outro recorde. Das 480 solicitações feitas pelo setor de serviços, 415 foram deferidas. No comércio, foram 404 pedidos e 299 deferimentos. Na indústria, 359 e 292, respectivamente.

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A Serasa destaca que a recessão econômica acaba por enfraquecer a geração de caixa das empresas e a elevação dos juros e a desvalorização do real ante o dólar resulta no aumento dos custos, fatores que elevaram as dificuldades financeiras dos negócios em 2015 e contribuíram para o maior número de pedidos de recuperação judicial da última década.

Falências

Em sentindo contrário, o número de falências vem caindo sistematicamente nos últimos dez anos, quando entrou em vigor a Nova Lei de Falências. Em 2015, foram feitos 1.760 pedidos de falência, sendo que 700 foram no setor de serviços, 644 na indústria e 416 no comércio. O levantamento da Serasa revela que o ano que registrou o maior número de solicitações de falência foi 2005, com 9.548 requisições, sendo 4.081 no comércio, 2.896 na indústria e 2.520 nos serviços.

Metodologia

O estudo de falências e recuperações por setor foi construído a partir do levantamento mensal das estatísticas de falências (requeridas e decretadas) e das recuperações judiciais e extrajudiciais registradas mensalmente na base de dados da Serasa Experian, com origem em fóruns, varas de falências e Diários Oficiais e da Justiça dos Estados.

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